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No último sábado (14), as canoas Hōkūle’a e Hikianalia, foram recebidas com honras após alcançarem Papeete, no Taiti, concluindo a primeira parte da jornada iniciada no dia 18 de abril, em Big Island, Havaí.
A tripulação foi recebida com uma tradicional cerimônia cultural seguida de discursos e homenagens pela viagem bem-sucedida do Havaí ao Taiti. O evento contou com a presença do presidente da Polinésia Francesa, Édouard Fritch e membros importantes da comunidade taitiana.
A celebração da tarde comemorou a relação especial entre Hōkūle’a e o Taiti que começou com a viagem inaugural da canoa à Polinésia Francesa há 46 anos. A cerimônoa também oficializou o lançamento da Moananuiākea Voyage, uma circunavegação do Oceano Pacífico que será lançada na primavera de 2023.
“Estamos prestes a embarcar na maior viagem já feita, Moananuiākea, que se concentrará em reunir as ilhas do Pacífico para os oceanos”, disse Nainoa Thompson, CEO da Polynesian Voyaging Society. “Não consigo pensar em um lugar melhor para começar esta viagem do que neste lugar de nossos ancestrais, onde a relação com a natureza, os oceanos e a cultura é tão forte”, acrescentou.
“Com a chegada de Hōkūle’a e Hikianalia, estamos revivendo o espírito de unidade dos povos polinésios“, declarou o presidente Fritch.
Após a parada em Papeete, as canoas navegarão até Taputapuatea, em Raiatea, para seguir o antigo protocolo cultural e pedir proteção divina para lançar a Moananuiākea Voyage.
Thompson também participará do Blue Climate Summit. Um congresso internacional focado em buscar soluções de proteção dos oceanos frente aos perigos trazidos pelas mudanças climáticas.
As canoas Hōkūle’a e Hikianalia devem partir do Taiti em 20 de maio de 2022 e para retornarem ao Havaí em meados de junho.
Hokulea (em havaiano, Hōkūleʻa, de a “estrela do norte”) é uma réplica fiel de uma canoa polinésia de travessia oceânica construída na década de 1970, quando a moral da cultura havaiana estava em baixa.
Em 1975 a canoa navegou sem instrumentos, do Havaí à Polinésia francesa, retomando uma rota ancestral 600 anos depois da última grande travessia em canoa polinésia, e provou que era possível e factível aos povos polinésios antigos terem viajado estas enormes distâncias pelo Pacífico em suas canoas de forma guiada e não “acidentalmente”, como se especulava na época.
Esta viagem representou o despertar do povo havaiano pela sua cultura, arte, ensinamentos e modo de interagir tradicionais e foi também o marco inaugural da Polynesian Voyaging Society, entidade sem fins lucrativos dedica à preservar a cultura ancestral de navegação polinésia.
Nos anos seguintes, a Polynesian Voyaging Society realizou uma série de viagens oceânicas com a Hokulea e desenvolveu a construção de outras réplicas, como a canoa Hikianalia.