Aloha, meus amigos! É um prazer somar energia e conhecimento com essa comunidade. E hoje como fisioterapeuta e também remadora, venho trazer um assunto voltado a atletas de canoa havaiana.

Aproveitando que tivemos no final de semana passado o Campeonato Brasileiro de V6 com um mar bem agitado, que exigiu muito de todos atletas e o principal objetivo foi sobreviver. Imagino que muitos atletas tiveram que lidar não só com um desgaste emocional, mas também físico, principalmente dos ombros e braços.

Dessa forma, vamos falar sobre tendinopatia supra espinhal, mais conhecido como tendinite no manguito rotador, que pode ser uma inflamação ou degeneração de um tendão.

Essa lesão pode acontecer porque durante a remada o tendão supraespinhal é envolvido na fase inicial do movimento, onde os braços são estendidos para frente ajudando a estabilizar a articulação do ombro e iniciar o movimento de puxar.

Como envolve movimentos repetitivos dos braços e ombros somado a força exercida sobre o tendão, isso pode aumentar o risco de desenvolver tendinopatia do supraespinhal. Os sintomas podem ser dor no ombro, principalmente na parte externa do ombro ou na parte superior do braço. Se apresenta como fraqueza e dificuldade em levantar o braço trazendo desconforto ao executar os movimentos na remada.

“Mas, e aí, Mika, esse nome todo complicado! Já sei que tenho essa dor ou posso vir a ter, o que eu devo fazer?” 

Bora então para algumas dicas:

1. Antes de mais nada: constância e autocuidado te levarão ao topo. Observo poucas pessoas se preocuparem com o alongamento pré e pós treino.  Por isso lembro que o corpo é uma máquina poderosa que precisa ser programada para ligar e desligar os músculos e tendões do ombro para iniciar uma atividade física.
2. Faça uma rotina de aquecimento adequada que inclua alongamentos dinâmicos.
3. Um bom aliado pode ser seu próprio remo, que ajuda a alongar ombros e braços. Depois de remar, esfrie com exercícios suaves de alongamento para manter a flexibilidade e reduzir a tensão muscular pós-exercício.

Outro ponto importante é focar na técnica de remada correta e eficiente que pode ajudar a distribuir a carga de trabalho uniformemente pelos músculos e tendões do ombro, reduzindo a tensão no tendão supraespinhal.

Vale lembrar que em casos de dor e também prevenção consulte um fisioterapeuta que pode fornecer exercícios para fortalecer os músculos ao redor do ombro, melhorar a postura e promover a biomecânica adequada durante o remo. Isso pode ajudar a aliviar o estresse no tendão supraespinhal e promover a cicatrização. Além de prolongar sua vida reduzindo as dores nesse esporte que amamos. 

Espero ter ajudado, até breve!

Mah-hah-loh noo-ee!

(muito obrigada!).

Para mais dicas ou trocas te espero no Instagram @mika.terapeuta.

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