Resultados do Va’a Pro Brasil São Sebastião
Confira os resultados de todas as categorias que disputaram neste sábado o Brasileiro de V6
Às vezes, após a notícia de grandes ventanias, escutamos histórias de remadores passando apuros no mar.
Na maioria dos casos, são inexperientes e contaram com a sorte para se safar. Muitos não fazem a reentrada molhada, muito menos rolamento (manobra para desvirar o caiaque sem sair de dentro) e ainda nem imaginam o que é um apoio baixo, alto ou um resgate em X ou em T.
Analisando e refletindo sobre todas essas histórias resolvi escrever algumas dicas básicas:
Saber analisar os ventos também é muito importante (obs.: dados abaixo baseados na região litorânea da Baixada Santista):
LESTE: é sinônimo de céu de brigadeiro. Vindo da terra para o mar, leva embora as nuvens e deixa o sol absoluto no céu.
NORDESTE: moderado na maior parte do tempo, quase sempre ocorre sem chuvas e com calor.
SUDESTE: calmo, sinaliza que não há tempestades por perto.
SUDOESTE: Prenúncio de chuva. Com rajadas fortíssimas e normalmente acompanhado de chuvas. Normalmente é o mais perigoso de todos.
Ainda, sobre a direção dos ventos, é importante conhecer a topografia de sua região, para saber o efeito de cada vento por lá. Conversar com pescadores sobre o assunto é de grande valia.
Se você encontrar fortes ventos durante a remada segure firme o remo e procure manter as pás o mais baixo possível, para que não fiquem expostas demasiadamente aos seus efeitos, principalmente quando se usa pás em concha do tipo Rasmussen.
O efeito do vento influenciará no rendimento das remadas. Em termos práticos, um iniciante teria dificuldades em prosseguir contra-ventos de força 3 na escala Beaufort (veja quadro ao final da matéria). Com um pouco de condicionamento e habilidade, é possível progredir em situações mais críticas.
Se a situação fugir do controle procure um lugar seguro em terra firme e espere as condições voltarem ao normal. porém, mesmo se você é um canoísta experiente, nunca subestime a natureza.
Lembre-se que ao navegar no mar, estamos sujeitos à ação das ondas, ventos, correntes, nevoeiros, chuvas e trovoadas e devemos estar preparados para lidar com todos esses fatores.