Lanzarote receberá Mundial de Canoagem Oceânica 2021
ICF confirma Lanzarote, nas Ilhas Canárias (ES) como sede da Copa do Mundo de Canoagem Oceânica em 2021. ... leia mais
Às vezes, após a notícia de grandes ventanias, escutamos histórias de remadores passando apuros no mar.
Na maioria dos casos, são inexperientes e contaram com a sorte para se safar. Muitos não fazem a reentrada molhada, muito menos rolamento (manobra para desvirar o caiaque sem sair de dentro) e ainda nem imaginam o que é um apoio baixo, alto ou um resgate em X ou em T.
Analisando e refletindo sobre todas essas histórias resolvi escrever algumas dicas básicas:
Saber analisar os ventos também é muito importante (obs.: dados abaixo baseados na região litorânea da Baixada Santista):
LESTE: é sinônimo de céu de brigadeiro. Vindo da terra para o mar, leva embora as nuvens e deixa o sol absoluto no céu.
NORDESTE: moderado na maior parte do tempo, quase sempre ocorre sem chuvas e com calor.
SUDESTE: calmo, sinaliza que não há tempestades por perto.
SUDOESTE: Prenúncio de chuva. Com rajadas fortíssimas e normalmente acompanhado de chuvas. Normalmente é o mais perigoso de todos.
Ainda, sobre a direção dos ventos, é importante conhecer a topografia de sua região, para saber o efeito de cada vento por lá. Conversar com pescadores sobre o assunto é de grande valia.
Se você encontrar fortes ventos durante a remada segure firme o remo e procure manter as pás o mais baixo possível, para que não fiquem expostas demasiadamente aos seus efeitos, principalmente quando se usa pás em concha do tipo Rasmussen.
O efeito do vento influenciará no rendimento das remadas. Em termos práticos, um iniciante teria dificuldades em prosseguir contra-ventos de força 3 na escala Beaufort (veja quadro ao final da matéria). Com um pouco de condicionamento e habilidade, é possível progredir em situações mais críticas.
Se a situação fugir do controle procure um lugar seguro em terra firme e espere as condições voltarem ao normal. porém, mesmo se você é um canoísta experiente, nunca subestime a natureza.
Lembre-se que ao navegar no mar, estamos sujeitos à ação das ondas, ventos, correntes, nevoeiros, chuvas e trovoadas e devemos estar preparados para lidar com todos esses fatores.