
Mutirão de limpeza para receber atletas do Row To Win Water
Praia de Cabeçudas, Itajaí (SC), recebe mutirão de limpeza neste sábado (11) em ação coordenada pelo ... leia mais
Quando eu e o Fabiano (Faria) pensamos em organizar um prova somente de V1, a primeira coisa em que pensamos foi: “Vamos fazer como as provas que costumamos participar no exterior!”
Provas como as do Havaí e França (Vendee Va’a). Não simplesmente uma corrida, mas uma confraternização dos atletas com macarronada e cerveja no final; um bom som, uma boa estrutura e muitos prêmios para os atletas!
Em 2018 foi assim, com a participação de 20 competidores, e esse ano tivemos que limitar em 50 participantes, tendo ainda mais de 15 remadores na fila de espera.
Muitas pessoas nos perguntaram: “Por que não abrem logo para mais de 50?”. E a resposta é simples: fizemos um orçamento e a parte legal toda da prova pensando em um máximo de 50 atletas. Não esperávamos que isso fosse ocorrer, então cumprimos com o que nos propusermos a fazer: segurança e qualidade para o remador.
Quando falamos de parte legal, queremos dizer que as autorizações dos órgãos fiscalizadores foram obtidas informando a quantidade de atletas na água e o suporte todo de segurança para eles. Uma Ambulância UTI, cinco barcos e duas pick-ups para resgate em terra. Inclusive a autoridade máxima nesse quesito – a autorização da Marinha (Capitania dos Portos). E assim batemos o martelo e não abrimos para mais de 50.
Dez dias antes da prova, eu, Fabiano e o diretor de prova, Douglas Moura, começamos a analisar as condições e ali já percebemos que provavelmente seriam extremas. Desse momento em diante começamos a cogitar o plano B ou C – essa participação do Douglas foi primordial, pois, além de remador e fundador CEM – Centro de Estudos do Mar, é uma pessoa altamente capacitada para a função.
No sábado, dia da prova, Douglas foi de barco logo cedo percorrer os pontos principais e checar as condições. Viu que realmente deveríamos mudar o percurso, levando sempre em consideração a segurança. Partimos então para o plano B, fazer um downwind, upwind e finalizando em outro downwind. Uma boa notícia foi a confirmação de que poderíamos manter a passagem pelo canal entre a Ilha Menina e o Morro das Andorinhas, canal estreito, com pedras e bem balançado.
Dada a largada da areia, (outro ponto que é uma de nossas prioridades para manter a mesma linha de provas internacionais), em menos de 1 km chegamos a este canal. No briefing informamos sobre a dificuldade de passagem nesse ponto, pedindo aos atletas que aliviassem, mantendo, no máximo, três canoas paralelas umas às outras. E foi tenso. Entravam ondulações grandes no canal, com o mar muito mexido!
Daí em diante começou a alinhar o downwind, passando pela praia de Itacoatiara (onde originalmente teria uma boia perto da praia, cancelamos para poder seguir direto para a praia Itaipuaçu favorecendo a linha do downwind.
Nesse momento o vento sudoeste começou a aumentar e trouxe a chuva. Chegando em Itaipuaçu, onde originalmente teríamos também que contornar a pedra do Oratório, um dos barcos de apoio ficou como boia a uns 3 km ao longo da praia, deixando a prova com um downwind ainda maior.
Então veio a boia, ou seja, a volta no barco, e um upwind forte de cerca de 10 km. Sudoeste forte, ondulação grande e mexida contra, chuva na cara e muita nebulosidade. Parte extremamente técnica e que exige muita concentração. Com certeza desafiadora para todos os competidores e uma parte determinante para muitas colocações na prova.
Chegando na Ilha Pai, parte final do upwind, contornamos essa ilha e mais uma vez veio o downwind em direção a chegada na praia de Itaipu. Mas este já nem tão fácil assim pela corrente que temos normalmente nesse ponto, mas foi muito divertido, com muito surfe e bem técnico.
Boia na alinhada na praia e a chegada onde todos os Atletas eram recebidos com a medalha de participação da V1RJ.
E como parte da agora tradição dessa prova, a macarronada preparada pelo meu pai, Seu Altino!
Foi uma festa bonita, comemorada por todos remadores, que participaram ainda de sorteios de muitos brindes.
“Podemos dizer que é uma prova que tem a cara do atleta. Feita de remador para remador”.
Com o objetivo alcançado esse ano, em 2020 miramos ainda mais alto na valorização dos competidores.
Agradecemos a todos os atletas e apoiadores do evento. Vocês nos deram a oportunidade de fazer uma prova que sonhamos sempre em realizar no Brasil: só V1, com uma macarronada no final e muita energia positiva!
1 – Giselle Leal
2 – Raysa Ribeiro
3 – Luiza Perin
1 – Silvia H. Martins
2 – Patricia Beviacqua
3 – Ana Paula Amorin
1 – Reginaldo Birkbeck
2 – Igor Lourenço
3 – Gabriel Mattos
1 – Carlos Ribeiro Chinês
2 – Felipe Neumann
3 – Mauro Fernandes
SGA, Toyota e Viper
Puro Suco, Emporio Verde, Guarderia Itaipu Surf Hoe, Vogah, Hospital Icarai, Oviri, Kona Brewing, Secretaria de Esportes de Niterói, Resex, Marinha de Itaipu.
Itaipu Surf Hoe