Aloha Spirit Festival terá 4 etapas em 2020. Confira as datas
Maior festival de esportes de água do mundo, Aloha Spirit Festival, confirma a realização de quatro ... leia mais
Quando eu e o Fabiano (Faria) pensamos em organizar um prova somente de V1, a primeira coisa em que pensamos foi: “Vamos fazer como as provas que costumamos participar no exterior!”
Provas como as do Havaí e França (Vendee Va’a). Não simplesmente uma corrida, mas uma confraternização dos atletas com macarronada e cerveja no final; um bom som, uma boa estrutura e muitos prêmios para os atletas!
Em 2018 foi assim, com a participação de 20 competidores, e esse ano tivemos que limitar em 50 participantes, tendo ainda mais de 15 remadores na fila de espera.
Muitas pessoas nos perguntaram: “Por que não abrem logo para mais de 50?”. E a resposta é simples: fizemos um orçamento e a parte legal toda da prova pensando em um máximo de 50 atletas. Não esperávamos que isso fosse ocorrer, então cumprimos com o que nos propusermos a fazer: segurança e qualidade para o remador.
Quando falamos de parte legal, queremos dizer que as autorizações dos órgãos fiscalizadores foram obtidas informando a quantidade de atletas na água e o suporte todo de segurança para eles. Uma Ambulância UTI, cinco barcos e duas pick-ups para resgate em terra. Inclusive a autoridade máxima nesse quesito – a autorização da Marinha (Capitania dos Portos). E assim batemos o martelo e não abrimos para mais de 50.
Dez dias antes da prova, eu, Fabiano e o diretor de prova, Douglas Moura, começamos a analisar as condições e ali já percebemos que provavelmente seriam extremas. Desse momento em diante começamos a cogitar o plano B ou C – essa participação do Douglas foi primordial, pois, além de remador e fundador CEM – Centro de Estudos do Mar, é uma pessoa altamente capacitada para a função.
No sábado, dia da prova, Douglas foi de barco logo cedo percorrer os pontos principais e checar as condições. Viu que realmente deveríamos mudar o percurso, levando sempre em consideração a segurança. Partimos então para o plano B, fazer um downwind, upwind e finalizando em outro downwind. Uma boa notícia foi a confirmação de que poderíamos manter a passagem pelo canal entre a Ilha Menina e o Morro das Andorinhas, canal estreito, com pedras e bem balançado.
Dada a largada da areia, (outro ponto que é uma de nossas prioridades para manter a mesma linha de provas internacionais), em menos de 1 km chegamos a este canal. No briefing informamos sobre a dificuldade de passagem nesse ponto, pedindo aos atletas que aliviassem, mantendo, no máximo, três canoas paralelas umas às outras. E foi tenso. Entravam ondulações grandes no canal, com o mar muito mexido!
Daí em diante começou a alinhar o downwind, passando pela praia de Itacoatiara (onde originalmente teria uma boia perto da praia, cancelamos para poder seguir direto para a praia Itaipuaçu favorecendo a linha do downwind.
Nesse momento o vento sudoeste começou a aumentar e trouxe a chuva. Chegando em Itaipuaçu, onde originalmente teríamos também que contornar a pedra do Oratório, um dos barcos de apoio ficou como boia a uns 3 km ao longo da praia, deixando a prova com um downwind ainda maior.
Então veio a boia, ou seja, a volta no barco, e um upwind forte de cerca de 10 km. Sudoeste forte, ondulação grande e mexida contra, chuva na cara e muita nebulosidade. Parte extremamente técnica e que exige muita concentração. Com certeza desafiadora para todos os competidores e uma parte determinante para muitas colocações na prova.
Chegando na Ilha Pai, parte final do upwind, contornamos essa ilha e mais uma vez veio o downwind em direção a chegada na praia de Itaipu. Mas este já nem tão fácil assim pela corrente que temos normalmente nesse ponto, mas foi muito divertido, com muito surfe e bem técnico.
Boia na alinhada na praia e a chegada onde todos os Atletas eram recebidos com a medalha de participação da V1RJ.
E como parte da agora tradição dessa prova, a macarronada preparada pelo meu pai, Seu Altino!
Foi uma festa bonita, comemorada por todos remadores, que participaram ainda de sorteios de muitos brindes.
“Podemos dizer que é uma prova que tem a cara do atleta. Feita de remador para remador”.
Com o objetivo alcançado esse ano, em 2020 miramos ainda mais alto na valorização dos competidores.
Agradecemos a todos os atletas e apoiadores do evento. Vocês nos deram a oportunidade de fazer uma prova que sonhamos sempre em realizar no Brasil: só V1, com uma macarronada no final e muita energia positiva!
1 – Giselle Leal
2 – Raysa Ribeiro
3 – Luiza Perin
1 – Silvia H. Martins
2 – Patricia Beviacqua
3 – Ana Paula Amorin
1 – Reginaldo Birkbeck
2 – Igor Lourenço
3 – Gabriel Mattos
1 – Carlos Ribeiro Chinês
2 – Felipe Neumann
3 – Mauro Fernandes
SGA, Toyota e Viper
Puro Suco, Emporio Verde, Guarderia Itaipu Surf Hoe, Vogah, Hospital Icarai, Oviri, Kona Brewing, Secretaria de Esportes de Niterói, Resex, Marinha de Itaipu.
Itaipu Surf Hoe