Canoa havaiana e surfe adaptado no Festival Paralímpico Brasileiro
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Após quatro dias de competições, atividades culturais e muita troca de energia positiva, a 4ª Volta a Ilha de Porto Belo teve neste domingo, 05 de novembro, o encerramento perfeito para um festival que se firmou como o mais importante do sul do Brasil e que atrai, a cada ano, mais clubes e remadores de outras partes do país.
“A Volta a Ilha de Porto Belo se tornou um evento de abrangência nacional e estamos muito felizes com isso. Remadores de outros estados vem para cá, com interesse em conhecer o evento, participar da festa e integrar com a canoa daqui, de Santa Catarina. Esse é um evento que é feito a muitas mãos, muita gente se dispondo a ajudar fazer acontecer, e acho que isso torna a volta tão especial. Diria que tem um caráter educacional, pois as equipes se unem, se organizam em torno de um propósito, que é vir aqui e competir, respeitar as hierarquias de cada clube e da organização do evento, todo esse processo é um aprendizado que nós estamos ajudando a construir”, conta Luciano Facchini, idealizador da Volta a Porto Belo, já adiantando que em 2024 teremos a quinta edição.
Com um céu azul, pouco vento e uma água cristalina, a raia da prova neste domingo ofereceu condições clássicas de remada. As equipes remaram por mais um dia no entorno da ilha na disputa dos últimos troféus em jogo.
As categorias OC6 amador masculino e feminino foram as primeiras competir, fazendo as torcidas vibrarem sobre o molhe da Praia do centro, onde era possível acompanhar por uma vista privilegiada as largadas e chegadas.
Kanoa Sambaqui foi a primeira equipe a concluir a prova entre os homes: “Despois de muita chuva e vento forte, ‘papai do céu’ nos presenteou com esse dia lindo. É a segunda vez que eu participo de uma competição de canoa. Ano passado competi aqui em Porto Belo, na ‘estreantes’ e esse ano na ‘amador’. Estou muito feliz com esse resultado. Nossa equipe tem pouca experiência, mas estamos evoluindo e já pensando em migrar para a open. Quero também parabenizar a organização, pois o evento está muito bonito”, conta Euclides Dutra, o “Kido”, capitão da Kanoa Sambaqui.
No feminino, a vitória ficou com a equipe do Quebramar Hoe Club. A wahines foram recebidas com muita festa pelos companheiros de clube, e comemoraram o pódio em grande estilo: “A prova foi muito boa e o mar estava tranquilo. Conseguimos manter o foco e a sincronia e nossa canoa fluiu muito bem, em um ritmo forte”, revelou Tina Frigo, leme da equipe.
Encerradas as provas amadoras de OC6, foi a vez das canoas V3 entrarem em ação para as disputas na máster, masculino, feminino e parava’a. Os homens foram os primeiros a largar e a V3 da Kanaloa foi a primeira a cruzar a linha de chegada, após uma boa disputa com a equipe Tribuzana, vice-campeã. Entre as mulheres, a V3 da PRG mostrou mais uma vez que é a grande equipe feminina da modalidade no Sul do Brasil. Ontem, elas conquistaram o bicampeonato na open; hoje, garantiram mais um título, agora na máster.
Vale destacar também a participação da parava’a na V3, que é parte de um movimento que o organizador Luciano Facchini apoia a alguns anos. Bastante emocionado, Julio Cezar, paraatleta de São Sebastião (SP), que fez o leme da equipe campeã, fez questão de enfatizar o potencial da V3 para a paracanoagem:
“Essa é a nossa missão, dar a oportunidade para outras pessoas conhecerem esse esporte, como um esporte acessível, para todos. Hoje, quem ganhou foi o parava’a. Quero agradecer a Sandrinha Barp, ao Luciano, ao pessoal de Porto Belo e também à Pousada Jardim Porto Belo, que nos acolheu e apoiou o parava’a. É muito importante que as empresas também apoiem a paracanoagem. Agora, a próxima parada será o Pan-Americano no Espírito Santo onde iremos representar nosso país e a modalidade com muita garra”, declarou Julio Cezar.
As categorias OC6 open, masculino e feminino, mostraram sua força logo em seguida, com as equipes Kanaloa e PRG vencendo, respectivamente, no masculino e feminino. Em seguida, os donos da casa, Pa’ahana faturaram a OC6 máster + 50 feminino e, fechando 4ª Volta a Ilha de Porto Belo, a já tradicional disputa em canoas catamarã, com a o clube Kanaloa sendo o primeiro a cruzar a linha de chegada. Nos vemos em 2024. Imua!