Desafio Azul chega ao mar remando de canoa polinésia
Projeto Desafio Azul, que busca integrar suas equipes por meio do esporte, prepara desafio de remada em ... leia mais
Acompanhados de uma equipe do canal Off, o casal Américo Pinheiro e Lena Ribeiro viaja ao coração do Pantanal Sul-Mato-Grossense para encontrar as raízes da remada em pé
Em 2013, quando viajou a Corumbá (MS) para participar do Pantanal Extremo, Américo Pinheiro notou que o hotel possuía uma canoa indígena como peça decorativa que vinha acompanhada de um remo cujo cumprimento sugeria que aquela remada fosse feita em pé.
Essa descoberta fez com que o remador pesquisasse sobre a história de desse povo e conversando com um amigo produtor de séries para o Canal Off, Rico Faissol, surgiu a ideia de produzir um documentário que fizesse uma analogia entre as origens da remada em pé e a atual, representada pelo stand up paddle.
“O Rico Faissol mergulhou de cabeça no projeto e descobriu que os Guató utilizavam uma típica canoa de um pau, que é ancestral. Eles são considerados o povo original do Pantanal e tem por hábito a remada em pé. Eles remam assim há cerca de cinco mil anos”, conta Américo.
Foram anos de conversas até a ideia tomar forma e o canal se interessar em apoiar a produção, que será retratada em seis episódios relatando a viagem de Américo Pinheiro e sua esposa, a tricampeã brasileira de SUP, Lena Ribeiro, ao Mato Grosso do Sul e seu encontro com os Guató.
Assim, no final do maio, Américo Lena e a equipe de filmagem do canal Off, da qual fizeram parte o renomado filmaker Cesinha Feliciano e o próprio Rico Faissol, e partiram do Rio de Janeiro rumo a Corumbá (MS) de onde seguiriam viagem rumo ao coração do Pantanal para encontrar a tribo. Foram quase dois dias de viagem até chegarem à região da Ilha Ínsua, localizada a mais de 300 quilômetros de Corumbá, onde vivem aqueles que são considerados o último povo canoeiro das terras baixas do pantanal.
Américo conta que após a chegada, eles ficaram dois dias convivendo e interagindo com os índios antes de saírem para uma expedição de remada pelas águas pantaneiras. A ideia era absorver ao máximo os ensinamentos e a cultura daquele povo e também encontrar aqueles que seriam os mais indicados para acompanhá-los na remada.
“Todos eram grandes remadores. A canoa de um pau só faz parte da cultura deles e os Guató, de fato, são exímios remadores. Colocamos eles para remar em nossa pranchas também. Foi uma experiência incrível. Ao final, escolhemos o Edson, descendente de uma família de guerreiros”, conta Pinheiro.
Américo conta que a ideia era remar por cerca de 360 km até chegar a Corumbá. Porém, a quantidade de paisagens era tão rica e diversa, que o ato de remar em si, foi ficando em segundo plano, dada a quantidades de tribos, ilhas fluviais, fazendas alagadas, visitadas.
“Eu nunca fiz na minha vida uma viagem com tantas experiências novas e positivas. Tirando os mosquitos (risos), foi tudo incrível!”, comemora e completa:
“A preocupação da equipe de filmagem era a de que as imagens não se tornassem enfadonhas e isso, com certeza, não aconteceu. Estou ansioso para ver como vai ficar o programa, pois eram tantas descobertas, tantas gravações alucinantes que eu nem sei como eles vão fazer para colocar tudo dentro de todos os episódios!”
Ainda sem nome definido, a série deve ir ao ar no final do ano, no Canal Off. A produção ficará a cargo da Produtora Faisol.
“Já participei de algumas produções para a TV que retratam o stand up paddle, mas essa realmente está especial. Fico muito feliz de participar de um projeto que irá mostrar o nosso esporte de uma forma tão bonita”, conclui Américo.