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Após 149 dias, 7 horas e 36 minutos e 2.377,29 Km, o inglês Jordan Wylie foi obrigado a terminar prematuramente sua tentativa de quebra de recorde mundial de distância percorrida remando de stand up paddle.
No dia no dia 26 de julho deste ano, Wylie deu início à The Great British Paddle, partindo de Blackpool, Lancashire, Inglaterra.
Sua meta era contornar a ilha da Grã-Bretanha, numa completa circum-navegação de mais de 3.000 milhas náuticas (cerca de 5.000 km).
Contudo, o inglês e sua equipe foram surpreendidos por autoridades escocesas de que, devido às novas restrições de circulação de pessoas, devido à pandemia de Covid-19, eles não poderiam prosseguir com a expedição no país:
“Fomos informados por funcionários do governo escocês que continuar seria uma violação dos novos regulamentos e leis Covid-19. Poderíamos ter tentado lutar e argumentar mais sobre o nosso caso, mas este é o momento de liderar pelo exemplo e fazer a coisa certa. Eu disse desde o primeiro dia que nunca se tratava de recordes mundiais, prêmios ou qualquer tipo de aplauso, mas sim de inspirar os jovens através do dom da educação e do espírito de aventura”, declarou Jordan Wylie.
O inglês estava se referindo ao objetivo da The Great British Paddle: levantar fundos para construção de uma escola para refugiados da Península Somali, ou “Chifre da África”, uma das regiões mais pobres do continente africano.
Através de sua aventura, Jordan conseguiu arrecadar mais de £ 24.000 em doações:
“Espero que possamos chegar mais perto da minha meta de £ 100.000 nas próximas semanas e assim construir a escola que prometi àquelas crianças há 2 anos. Obrigado a todos que apoiaram por meio de doações, cada centavo realmente conta”, disse o casca-grossa.
Mesmo com o fim abruto e inesperado de sua expedição, o site para doações continuará funcionando nas próximas semanas através do endereço givepenny.com/the-great-british-paddle-2020.
Ex militar da armada britânica, Jordan Wylie revelou que por mais de quatro anos sofria de depressão severa e ansiedade crônica e que desde que começou a remar, deixou de recorrer à medicação:
“Há muito a ser dito sobre a poderosa terapia azul que experimentei, incluindo a atividade física, ambiente natural, vida selvagem, ar puro, propósito, motivação, esperança, senso de progresso e realização, momentos de alegria, espírito de equipe e apoio. Estou muito orgulhoso de ter parado de tomar a medicação de forma consciente, proposital e responsável e espero que minha jornada mostre aos outros isso com as pessoas certas, um propósito forte”, revelou.
Sobre o futuro, o aventureiro disse que pretende agora ficar com sua família nas próximas semanas e então decidirá o que fazer. Por hora, seu objetivo continua sendo o de construir uma escola na Península Somali.
“Nunca se esqueça por que você começou quando as dificuldades surgirem, isso, por si só, o manterá firme nos momentos mais sombrios e difíceis. O propósito é um condutor poderoso na vida”
“Você sempre encontrará haters, trolls, detratores e descrentes sempre que almejar alto na vida. A menos que estejam lutando contra você em uma arena, nem mesmo dê a eles o privilégio de estar na sua cabeça”.
“Mantenha sua remada ativa, sempre esteja fisicamente presente e mentalmente envolvido com sua missão. Não se desvie. Não se distraia. Não desista por escolha. Amanhã é sempre um novo dia”.
“Mantenha a cabeça erguida e olhe para frente sempre. Concentre-se na direção em que está indo, visualize seu alvo e objetivo. O foco e a concentração mantêm você motivado.”
“Seus valores são sua bússola interna para ajudá-lo a navegar pela vida. Se você os comprometer, irá se perder rapidamente e deixará de seguir em frente. Nunca se esqueça de quem você é e o que você representa”.