Casper Steinfath | Um viking nas ondas de Chicama
No terceiro episódio de sua websérie “Viking on Tour”, dinamarquês Casper Steinfath viaja até o Peru para ... leia mais
Após 76 dias, 5 horas e 22 minutos a bordo de seu SUP Transoceânico, o espanhol Antonio de La Rosa acaba de se tornar a primeira pessoa do mundo a concluir os 4.450 km de distância que separam a cidade São Francisco, Califórnia (EUA), ao Havaí, remando em pé através de uma prancha de stand up paddle com cabine desenvolvida especialmente para essa aventura.
De la Rosa permaneceu só na imensidão do oceano durante toda a travessia. Um dispositivo de comunicação via satélite permitia ao espanhol manter-se conectado com seus seguidores através de seu perfil no Instagram, pode onde o remador mandava notícias diárias sobre o andamento de sua expedição.
Sua prancha também era equipada com um localizador de GPS, que permitia o acompanhamento de sua localização em tempo real através de sua web page na internet.
Antonio chegou na manhã de sábado (24) ao porto de Waikiki, Honolulu, Havaí, onde foi recebido com grande festa pelos havaianos.
“Sinto-me cansado, mas muito satisfeito, tive de ultrapassar algumas correntes difíceis quando saí de São Francisco, fortes ventos que me empurraram para o sul, vários furacões que passaram perto, grandes ondas que sacudiram minha prancha fazendo-me sentir dentro de uma máquina de lavar, noites sem dormir, além de me acostumar a ficar úmido praticamente a viagem toda, mas estou aqui. Consegui! Quase não acredito!”, disse emocionado, logo após pisar em terra firme.
O remador teve muita dificuldade para chegar a terra firme nas últimas 24 h por conta de fortes ventos vindos do conhecido Ka’iwi Channel, que separa as ilhas de Molokai e Oahu, que a tudo momento desviavam sua prancha da rota planejada, o que obrigou Antonio a remar praticamente sem parar até finalmente alcançar o pier do Waikiki Yacht Club, em Oahu.
Bem mais magro do que quando partiu de São Francisco (o espanhol perdeu 12 quilos durante jornada), Antonio de La Rosa, todavia, mesmo naturalmente abatido pelo enorme desgaste físico, mantinha em Waikiki um largo sorriso e uma energia vibrante. Ele comentou que comeu bem, principalmente produtos desidratados e liofilizados, bebendo água de uma usina de dessalinização que funcionava em conjunto com painéis solares instalados sobre sua pequena cabine e até se deu ao luxo de comer um pouco de pescado que conseguia fisgar ao longo da travessia.
Este não foi o primeiro grande ato oceânico deste incrível aventureiro. Em 2014 ele participou e venceu o Rames Guyane, travessia transoceânica a remo realizada no Oceano Atlântico e, em 2016, completou a primeira circunavegação da Península Ibérica da história a bordo de um SUP.