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Há um consenso entre especialistas de que a estabilização da postura é fundamental para a aplicação eficaz de qualquer técnica de remada.
E o fortalecimento dos músculos da região conhecida como “core” está entre práticas essenciais para alcançar esse objetivo.
A região inclui abdômen, quadris e região pélvica – e é responsável pelo equilíbrio e pela adequação postural do tronco em qualquer movimento.
“O core fortalecido produz força e estabilidade, traz mais consciência corporal, ajuda a absorver impactos, além de ser essencial para gerar aceleração e desaceleração dos movimentos”, explica Allan Menache, preparador físico de Gabriel Medina e de outros atletas de alto rendimento.
Há dez anos, Menache criou um método batizado de Treinamento Inteligente, baseado nos movimentos funcionais e individualizado para cada atleta.
A seguir, alguns exercícios que o preparador selecionou para a revista Go Outside, parceira do Aloha Spirit Mídia, para fortalecer e prevenir tensões e dores nas cosas.
São exercícios que podem ser feitos em casa, bastando apenas um pouco de espaço e equipamentos básicos. São, portanto, de grande valia em tempos de pandemia e reclusão!
Este exercício de estabilização trabalha os músculos paravertebrais e abdominais.
Os paravertebrais são responsáveis, junto com os abdominais, por manter certa estabilização na coluna. A bola tem como função aumentar a complexidade do exercício.
Como fazer: Estender completamente o corpo contraindo ao máximo o abdômen, formando uma linha reta da cabeça ao tornozelo.
Apoie as mãos nas laterais da bola. Fazer de 2 a 4 séries de 20 a 60 segundos, com intervalos de 30 segundos.
Atenção: Ao empunhar a bola pelas laterais, corre-se o risco de escorregar a mão caso a empunhadura não esteja firme. Nesse caso, deixe o corpo cair sobre a bola sem medo. Ela não irá estourar.
É comum que o praticante apoie o joelho no solo para evitar se chocar contra o chão, mas isso deve ser evitado, pois a pancada nos joelhos pode machucar.
A cadeia posterior com a variação do joelho a 90 graus dá foco maior aos glúteos, região lombar, eretores de coluna e paravertebrais. Toda a cadeia muscular vai estar conectada para manter a postura, agora mais fortalecida.
Como fazer: Deitado com as costas no solo, apoie os pés na bola e dobre os joelhos a 90 graus com os braços abertos no chão. Fazer de 2 a 4 séries de 20 a 60 segundos, com intervalos de 30 segundos.
É possível executar de outras maneiras, como elevar uma das pernas acima, estender os joelhos ou movimentar o quadril de baixo para cima.
O movimento tem como objetivo ativar uma série de músculos da região medial do corpo, fortalecendo o core quase que por inteiro.
É importante não realizar apenas a flexão do quadril, incluindo também a do tronco e, assim, trabalhando a parede abdominal.
É possível executar o exercício com ou sem tipoia – e o movimento pode começar reduzido ou amplo, conforme sua adaptação. Menache orienta começar no solo antes de ir para a barra.
Como fazer: Suspenso na barra fixa, inspire e eleve o joelho o mais alto possível. Faça de 10 a 20 repetições.
“É importante salientar que o alto volume de abdominais pode gerar dores nas costas”, afirma Menache. Por isso é essencial ter bom senso.
Para menache, este exercício é um dos melhores para fortalecer a musculatura da coluna. Sua execução trabalha as cadeias cruzadas do corpo, o lado direito e o esquerdo ao mesmo tempo, aumentando a coordenação e o controle.
O superman de joelhos pode ser feito de forma estática ou dinâmica. “Oriento meus alunos a trabalharem a flexão do tronco e do quadril para o cotovelo encostar no joelho”, afirma o treinador.
Como fazer: Posicione-se sobre os quatro apoios. Certifique-se de que suas costas estão retas e mantenha o abdômen contraído.
Leve um braço para frente e estenda simultaneamente a perna oposta para trás. Mantenha-se nessa posição e depois volte ao início para trocar os lados.
Permaneça de 20 a 30 segundos em cada lado, se preferir a posição estática, e de 8 a 10 repetições de cada lado, para o exercício dinâmico, com um intervalo de 30 segundos.
O movimento exige velocidade de tronco e quadril e treina o core para acelerar e desacelerar os movimentos.
É importante liberar os tornozelos, os joelhos, o quadril e os calcanhares durante o giro para evitar lesões.
Como fazer: Em pé, segurando um halter, anilha ou medicine ball na frente do corpo, mantenha os cotovelos em 90 graus.
Faça um giro de 180 graus, acelerando e desacelerando o movimento em ambos os lados. Realize de 2 a 4 séries com 20 a 30 repetições (contando os dois lados). Use um halter menor, de 5% a 10% do seu peso corporal.
Neste aqui, você também vai treinar acelerar e desacelerar o movimento alterando a posição. “esse tipo de transição é comum no surf, pois ora se está em pé, ora, agachado, e são momentos assim que favorecem lesões”, explica menache.
Como fazer: Agache levando um peso à frente do joelho e em velocidade leve acima da cabeça pelo outro lado.
É fundamental que o giro aconteça sobre o próprio eixo, mantendo o controle sobre o centro de gravidade. Execute o movimento no eixo multiplanar, agachando e empurrando para cima.
Realize de 8 a 12 repetições de cada lado e de 30 a 60 segundos de descanso. Depois faça de 2 a 4 séries usando um peso equivalente a entre 5% a 10% do seu peso corporal.