Massa muscular, magra e gorda: significado e importância para seu treinamento
Você sabe a diferença entre massa magra, massa gorda e massa muscular? Nossa colunista, Ana Carolina ... leia mais
Olá, pessoal! Como muitos sabem, o Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização sobre o câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o tipo de câncer mais frequente em mulheres. Mas, você sabia que a atividade física pode contribuir diretamente tanto para prevenção como para o tratamento de pacientes oncológicos?
Embora os benefícios da atividade física para a saúde sejam conhecidos há séculos, somente no início do século XX é que a atividade física passou a ser estudada no contexto da prevenção do câncer e também do seu impacto nos sobreviventes.
O câncer é um conjunto de doenças que se caracteriza pelo crescimento desordenado e rápido de células, formando tumores que podem invadir tecidos e órgãos. Até o presente momento, a maioria dos estudos epidemiológicos concluídos mostrou efeito benéfico da atividade física contra as neoplasias (massas de tecido anormal que surgem em diferentes partes do corpo, com características específicas em cada local, também chamadas de tumor).
A atividade física promove a redução da quantidade de gordura corporal, evitando assim a obesidade, considerada um dos fatores de risco para alguns tipos de câncer, entre eles os de mama. Se exercitar regularmente também ajuda no equilíbrio dos níveis hormonais. O estradiol, por exemplo, é considerado um dos agentes causais de várias formas de câncer de mama. A prática esportiva pode ainda aumentar a defesa imunológica do organismo, sendo, portanto, considerada um agente imunossupressor. Isso, claro, sem falar na ação terapêutica do esporte, aliviando o estresse e promovendo sensação de bem estar, trazendo mais disposição e bom humor para o dia a dia.
No caso daqueles que estão em tratamento contra o câncer, diversas evidências científicas comprovam que a atividade física ajuda a atenuar os sintomas, aumentando a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. De uma forma geral, a prática esportiva diminui a sensação de fadiga, contribui para maior tolerância à medicação do tratamento, diminui a gravidade dos efeitos colaterais da quimio e radioterapia e melhora as expectativas de resultados do tratamento.
Claro que a orientação de um profissional qualificado (educador físico ou treinador), bem como da equipe médica responsável pelo tratamento, é fundamental para que a prática seja segura e eficaz, considerando sempre a particularidade de cada tipo de câncer, contra indicações e possíveis efeitos adversos causados pelo tratamento.
É comum que pessoas que foram submetidas a mastectomia (remoção total ou parcial da mama) ou mesmo a cirurgia conservadora para remoção de tumor tenham limitações no movimento dos braços e ombros. Por isso, a prescrição de exercícios que aumentem força e flexibilidade são importantes para que os indivíduos recuperem a mobilidade dos membros superiores. O uso de roupas/luvas compressivas inclusive pode auxiliar no conforto e trazer mais segurança durante a prática, especialmente em casos de edema (inchaço).
São muitas as possibilidades para praticar atividade física, desde aquelas que fazemos no dia a dia, como caminhar, andar de bicicleta, dançar, até aquelas mais sistematizadas, como ginástica, musculação e funcional. Independente da modalidade ou atividade escolhida, todas podem contribuir para a melhora do estado nutricional do indivíduo, recuperando a massa muscular, melhorando a resistência física e o nível de inflamação do paciente. Lembre-se de começar a prática esportiva de forma gradativa, aumentando a duração (tempo) e intensidade (esforço) progressivamente de forma a respeitar a adaptação do corpo à atividade.
Portanto, promover a prática de atividade física como um hábito, ou seja, como parte da rotina das pessoas, é fundamental na prevenção e controle do câncer de mama, assim como para a saúde de uma forma geral.
Espero que esse artigo tenha sido útil para vocês, especialmente para aqueles que estão vivendo um momento delicado de diagnóstico e tratamento.