
Eduardo Gadelha: da favela para o Mundial de Va’a
De origem humilde, talento da nova geração do va'a brasileiro, Eduardo Gadelha, realiza sonho de competir ... leia mais
Originária da ilha de Huahine, na Polinésia Francesa, Iloha Eychenne é amplamente reconhecida como o maior nome da va’a feminina na atualidade. Nos últimos anos, ela venceu todas as principais competições de canoagem polinésia do mundo, consolidando-se como uma atleta excepcional.
Atualmente, Iloha divide sua vida entre Huahine, sua ilha natal, e a cidade de Carcans, na França, onde atua como massagista-fisioterapeuta. Sua paixão pela va’a surgiu ainda na infância, influenciada pelos seus pais. Apesar disso, remar não era sua primeira escolha. “Comecei a remar aos 7 anos com meu pai. Eu tinha então minha canoa V1, construída por meu tio Atak, mas não remava muito. Eu preferia judô, wakeboard e passeios a cavalo. Também pratiquei outros esportes aquáticos como o surfe. Foi na escola, durante as aulas de educação física e na associação esportiva escolar, que passei a praticar va’a com mais frequência”, contou em entrevista à imprensa taitiana.
Aos 13 anos, Iloha iniciou sua trajetória competitiva, participando de eventos como o Heiva de Huahine e o Heiva do Taiti. Com as Matairea Girls, equipe liderada por Tino Maono, e mais tarde com a Ihilani Va’a, ela construiu uma carreira que coleciona conquistas históricas.
Na V1, Iloha venceu as últimas edições da Te Aito e Taho’e, além de dominar o campeonato mundial de Sprint da IVF, disputado esse ano em Big Island, Havaí e o Mundial de Longa Distância, em Samoa (2023). Seu desempenho é tão avassalador que ela frequentemente vence corridas por ampla margem — no IVF Distance de 2023, por exemplo, superou a segunda colocada por mais de sete minutos.
Com uma carreira tão impressionante na canoagem polinésia, Iloha agora também tem se aventurado em modalidades, como o surfski e o stand up paddle. Este ano, ela surpreendeu ao estrear no Campeonato Mundial de SUP da ICF, na Flórida, liderando boa parte da corrida de longa distância sem recorrer à esteira. Essa performance impressionante lhe rendeu o sexto lugar na competição, um feito notável para alguém com pouca experiência na modalidade.
Além disso, no surfski, Iloha já conquistou o título francês solo, mostrando que sua versatilidade na água não tem limites. Se continuar nesse ritmo, a atleta polinésia está prestes a dominar novas modalidades e expandir ainda mais seu legado no esporte mundial.