Green Islands fecha Paulista de 2020 em grande estilo
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Um pensamento é fatídico entre os esportes de remada: prancha é um equipamento de elevado custo. Mesmo levando este conceito em conta, há diferentes estruturas e valores nas diversas pranchas disponíveis para os remadores de paddleboard.
Este é o primeiro de uma sequencia de três textos, abordando o cenário norte-americano, internacional e finalizando com o cenário nacional. Todo o conteúdo é baseado em relatos que obtive através de conversas com alguns dos melhores remadores do mundo e também cos mais renomados shapers do mercado. Todas as infamações são direcionadas à categoria Stock , ou seja, com tamanho de 12 pés.
Os Estados Unidos, ao lado da Austrália, são maiores produtores de pranchas do segmento. Como o país é muito grande, a cultua havaiana é diferente da californiana, que também é diferente da região da costa leste no oceano atlântico. Quatro empresas se destacam no mercado: Bark, Hypr, Vesl e King.
A líder do mercado dos Estados Unidos, foi uma das empresas que mais sofreu com a pandemia da Covid-19. A escassez de matéria prima, afetou o prazo de produção e entrega da Surftech, que oficialmente é a distribuidora mundial das pranchas Bark. Aos poucos vem se recuperando, mas o estoque não está completo e no momento o próprio Joe Bark (shaper e criador da empresa) está recebendo pedidos diretamente no seu site institucional.
Aliás, a família Bark é muito especial na cultura do paddleboard internacional. Joe Bark foi um dos responsáveis por resgatar a travessia mais tradicional do mundo, Catalina Classic, na Califórnia. A prova nasceu na década de 50, foi interrompida por anos e voltou ao cenário competitivo nos anos 80. Joe foi bicampeão da prova e sem duvida é um dos mais renomados shapers da modalidade. Seu filho, Jack Bark, também tem um currículo diferenciado, e já foi campeão do mundial da ISA (international surf assossiation) e também da famosa travessia Molokai 2 Oahu no Havaí.
A linha Bark tem diversas variações de construção de prancha, as quais são classificadas em: ghost-carbon, tuflite e fusion. Embora a diferença entre os modelos esteja na matéria prima e nos preços, todas eles apresentam o mesmo designer na versão stock, chamado de “Commander”.
Bark Commander Ghost Carbon – é a principal prancha da marca. O modelo foi desenvolvido pensado em provas de Downwind. A prancha é abaulada (o fundo chega a lembrar uma canoa) e rabeta pin (totalmente pontuda). O modelo é extremamente conceituado, embora não seja uma prancha para descer nas ondas de beach break.
BARK Commander Tuflite e Fusion – ambos os modelos são idênticos a Ghost Carbon, mas a versão Tuflite é levemente mais pesada e, na sequência, a Fusion também apresenta mais um pouco de aumento de peso proporcional (incluindo madeira na construção)
Bark Commander Inflatlable – além de produzir variações no modelo stock, é interessante ressaltar o modelo inflável. A prancha tem duas funções extras: funciona para decida de corredeiras (o que não é fácil), mas também é uma ótima opção para quem gosta de praticidade ao viajar ou quem não tem espaço para guardar equipamento.
Embora muitos considerem a BARK como a melhor prancha do mundo, ela esta longe de ser unanimidade e sua mais forte concorrente mundial é a marca australiana DEEP, que será analisada na parte 02 desta sequencia de texto.
A marca havaiana foi uma das que mais investiu em designer no ultimo ano. A tradicional marca, é criação do Ian Foo e apresenta pranchas de SUP e canoa Va’a em sua coleção. Recentemente, a Hypr fez uma parceira com a também shaper Cinthia Aguilar da Florida. Assim, mas um novo modelo chegará ao mercado, desenvolvido pela Cinthia e produzido pela Hypr.
Vale ressaltar que Cinthia Aguilar ficou internacionalmente reconhecida por remar da Cuba até a Florida (144 quilômetros de distancia).
A Hypr, além do foco em inovação em designer, preza muito pelos desenhos e acabamentos das pranchas, valorizando o caro equipamento.
Modelo Generaton 2: O maior diferencial da prancha é seu fundo em double concave. A intenção é aumentar a velocidade do remador durante o deslize nas ondas, principalmente em situação de Downwind. A rabeta tem o formato pin e o pegador localizasse no centro da prancha (algo não muito comum nas pranchas de paddlebaord). Este modelo apresenta 20,5 polegadas de espessura de meio de prancha
Modelo Wing Tail: esta versão é absolutamente diferente de tudo que existe, com double concave no fundo e uma rabeta “triangular diamante”. Além das inovações ousadas no designer, a prancha apresenta apenas 19,5 polegadas de espessura de meio de prancha.
Embora a sede da marca seja no Havaí, com a entrada de Cinthia Aguilar no time, as vendas passaram a aumentar na Florida e em toda a costa leste dos Estados Unidos (existe também distribuição mundial da marca).
No Brasil, fui presenteado pelo Ian Foo com o modelo Generaton 2, confira vídeo abaixo:
Uma das mais tradicionais marcas dos Estados Unidos, e apresenta extenso catalogo de pranchas, incluindo pranchas Unlimited (sem limite de tamanho), 14pés, 12 pés e 10’6 pés. Vale ressaltar que tanto na Califórnia quanto no Havaí, acontece bastante provas com pranchas de tamanho 14 pés, por isso todas as marcas norte-americanas, também apresentam versões deste tamanho.
Kings Prone: o cockpit (área onde o atleta posiciona o corpo) é mais profundo que as concorrentes, com fundo abaulado e rabeta pin. Um ponto forte da marca é o peso da prancha, considerado ligeiramente mais leve que as concorrentes norte-americana.
O cockpit é sempre uma polemica a parte, pois para os homens não interfere muito, mas no caso das mulheres, o cockpit muito acentuado pode vir a trazer incomodo na altura dos seios (principalmente atletas que tem prótese de silicone)
Vale ressaltar que a marca tem preocupação extra com a litragem das embarcações, e apresenta 5 variações de espessura de meio de prancha
Imagina apresentar uma linha de pranchas competitivas, talvez com um ou outro detalhe a melhorar, mas com metade do valor das concorrentes? A estratégia da VESL é interessante. As linhas de competição da BARK, HYPR e KING estão entre 2.200 dólares a 2.500 dólares. Já a VESL chega com valores de prancha na casa de 1.075 dólares. Diferença significativa, ainda mais para nossa moeda brasileira, que infelizmente vem sofrendo desvalorização
VESL 12 Prone: a variação de cores e espessura das pranchas é grande, mas todas têm o mesmo designer. Com fundo levemente abaulado e rabeta pin. O pegador, a exemplo da HYPR não fica das extremidades sim no meio da prancha.
No próximo texto: Oceania, Europa e Caribe.