
Mundial de SUP da ICF ao vivo
Acompanhe ao vivo, direto de em Gdynia, Polônia, o campeonato mundial de SUP Race da ICF - International ... leia mais
Realizada no último domingo (27), a edição de 2025 da prova de downwind mais famosa do mundo, Molokai to Oahu, manteve a forte tradição australiana no evento. A travessia tradicionalmente tem 32 milhas de distância e como o próprio nome diz, largada na ilha de Molokai e a chegada na praia de Hawaii Kai na ilha de Oahu. Um dado interessante é a massiva diferença do número de inscritos do paddleboard em relação ao SUP, algo próximo de 75% contra 25% respectivamente.
Uma possível explicação para o baixo número de remadores de SUP é a migração para o dowind foil, que vem crescendo na competição. Está não foi uma edição com ventos fortes, sendo assim, não tivemos quebra de recordes.
Na categoria paddleboard unlimited, vitória para o australiano Charlie Verco de 24 anos de idade, com o tempo de 4h59m49s e que carrega vasta experiência na modalidade, sendo 3x campeão da prova. Já na segunda colocação, veio o “queridinho “dos Estados Unidos, o consagrado Jack Bark com o tempo de 5h19min 37s e a medalha de bronze foi para Campbell Guthrie, também da Australia com 5h33m45s. Menção honrosa para o incansável e diversas vezes campeão mundial da ISA, Lachie Lansdown que com 5h35m56s ficou na quarta posição.
Embora o recorde de tempo de travessia do SUP seja mais rápido que o de paddleboard, este ano a diferença ficou bem expressiva a favor do paddeboard: 5h49min49 do canadense Tim Oliver, contra o já mencionado tempo de 4h59min49s de Charlie Verco, terminando com 49 minutos de diferença.
Para quem viu o filme “A decade of dominance” de Jamie Mitchell, quando lutava pelo 10º título consecutivo no prone, sabe que existe uma disputa saudável entre os tempos das duas modalidades.
Novamente a Australia foi vencedora, nas remadas de Harrison Stone, atleta de 27 anos que marcou 5h46m24. Seguido pelo norte americano Toa Pere com 5h48min30s e na sequência veio o neozelandês Ethan Storey, com 5h51min31. O interessante é que tanto Toa quanto Ethan têm apenas 16 anos de idade e uma longa carreira esportiva pela frente.
Vitória para neozelandesa Katrina Madill, de 36 anos com o tempo de 6h19min47s, bem a frente da segunda colocada, a norte americana Emily Bark com 6h58min 30s e na terceira posição ficou com Liz Hunter, também dos Estados Unidos com 7h03m23s. Todas as mulheres remaram com paddleboard stock, ou seja, tamanho 12 pés.
Não há a menor dúvida de que a versão unlimited é infinitamente mais rápida que a stock. Só consultar os resultados dos últimos 20 anos da M2O ou da renomada prova Catalina Classic, e chegará à conclusão entre as duas embarcações.
Porém, homens são mais fortes do que as mulheres, ainda mais no quesito prancha com 18 pés de comprimento e remada utilizando somente os braços. Ao que parece, as pranchas stock apresentam mais conforto para as mulheres e nesta edição de 2025, não teve categoria unlimited feminino. Algo similar também acontece na prova Catalina Classic. Outro motivo é consolidar um número maior de praticantes do sexo feminino e fica mais competitivo realizar apenas uma única categoria.
Todos os resultados assim como fotos podem ser encontradas no website oficial do evento molokai2oahu.com.