A vez do Paddleboard Feminino

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Paddleboard feminino
Ícone do prone feminino brasileiro, Sinara Pazos permanece em forma ao mesmo tempo em que contribui com a formação de novas remadoras. Foto: Arquivo pessoal

Quem acompanha a evolução do paddleboard feminino no Brasil, sabe do domínio de uma década na modalidade alcançado pela superveterana Sinara Pazos. A atleta de 44 anos já participou de três edições de campeonato mundial (ISA SUP & Paddleboard World Chanpionship) e mantém longa invencibilidade nos eventos nacionais.

A atleta da Bahia permanece em forma ao mesmo tempo em que contribui com a formação de novas remadoras. Somente na edição do Molokabra 2021, levou duas novas remadoras para a tradicional prova de dowinwnd: Monica Gonçalves e Larissa Lima. Ambas competiam na prova de 12 km e 18 km.

Mas a modalidade vem esquentando fora da Bahia também. Em São Paulo, a nadadora de ultramaratona aquática, Catarina Ganzeli Winkler, já está remando em forte desempenho há dois anos, participando das principais provas como Molokabra, Green Island e mais recente o Norte Paddle. Nesta última prova, Catarina superou a expectativas de muitos, ao chegar em 3º colocado no overall, entre homens e mulheres e remando no mesmo “pace” das líderes do SUP Feminino.

paddleboard feminino
Catarina Ganzeli Winkler tem se dedicado ao paddleboard pelos últimos dois anos e vem conquistando resultados cada vez mais expressivos, como o título paulista, na Norte Paddle, chegando em 3º ‘overall’, entre homens e mulheres. Foto: Arquivo pessoal

Catarina é minha esposa e conta com uma boa estrutura para seus treinamentos, ao meu lado, e também de Rogerio Melo, Ricardo Allmada. Nós também realizamos treinos constantes na Raia da USP, sob orientação do renomado Vinicus Sanchez.

Importante mencionar a medalha de prata no Norte Paddle para Raquel Daoud, de São Jose dos Campos, que já havia sido campeã paulista em 2019 e se mantém entre as primeiras mulheres no Paddleboad. Raquel é uma das remadoras mais completas, sendo também de SUP e Va’a.

Saindo de São Paulo e chegando ao Rio de Janeiro, apresentam-se duas remadores bem explosivas, especialistas em pranchas de tamanho 10”6’. Carolina Athayde e Thais Xavier. Ambas são salva-vidas e nadadoras simultaneamente.

paddleboard feminino
A water woman Raquel Daoud rema em alto desempenho há anos no prone paddleboard, SUP e va’a. Foto: Ale Socci / Aloha Spirit

Carolina, que é da Marinha, foi finalista no Troféu Brasil de Natação por diversas vezes na prova de 200 metros Borboleta, e Thais Xavier, que é nascida em Maricá, é nadadora dos 200 metros livre.

Neste último fim de semana, em Salvador (BA), aconteceu o campeonato nacional de Life Saving com diversas modalidades de water sports, entre elas, o prone paddleboard 10’6”, onde ambas dominaram a prova, com vitória de Carolina seguida por Thais.

Prone Stock & Prone Surf Life Saving

mulheres remadoras
Carolina Athayde e Thais Xavier representam uma geração de nadadoras e guarda-vidas que está abraçando o prone paddleboard, elevando ainda mais o nível da modalidade no Brasil. Foto: Arquivo pessoal

Uma breve explicação sobre o prone, é que o campeonato mundial da ISA é realizado na versão stock (12 pés) e no campeonato mundial de Life Saving, o tamanho é 10’6 pés. Tal diferença não é impeditivo para que qualquer atleta tenha bons resultados em ambos tamanhos de prancha.

A temporada 2021 ainda não acabou

No dia 19 de dezembro, a cidade de Santos será sede do 4º Festival Brasileiro de Remada, evento que é o considerado o mais tradicional do país. Thais Xavier fará sua estreia na categoria Stock Prone e promoverá uma forte disputa contra Catarina Winkler, num percurso de 4 km, “apimentando” o evento.

2021 tem sido um ano especial para o prone paddleboard feminino, motivo de comemoração para a Sirana Pazos, que vem trabalhando no crescimento da modalidade há anos. Vida Longa as mulheres “casca grossas”.

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