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Desde o ano passado, o Paddleboard passou a fazer parte das modalidades da Confederação Brasileira de Surf – CBSurf, dando início a uma nova fase para o esporte. Tal ação foi inspirada no livro de regras da ISA (International Surfing Association) que organiza um campeonato mundial da modalidade todos os anos.
Embora praticado há mais de 20 anos no Brasil e com muitos remadores brasileiros competindo em provas internacionais, a modalidade nunca havia recebido um estatuto e nem uma confederação própria. Na verdade, o paddleboard vivia em uma espécie de “limbo institucional”, e vinha sendo organizado de maneira informal pela Confederação Brasileira de SUP – CBSUP, na definição de seletivas para representação nos Mundiais da ISA.
Com a entrada da nova gestão e do presidente Teco Padaraz na CBSurf, uma das ações iniciais foi a regulamentação do paddleboard. Criado, em 2022, o primeiro circuito nacional, feito em conjunto com etapas no nacional de SUP Race, realizaou provas em Angra dos Reis no mês de junho e Saquarema no mês de setembro, finalizando com o seguinte ranking:
Masculino
1º Lugar: Patrick Winkler (SP)
2º Lugar: Felipe Barone (SP)
3º Lugar: Alex Ribeiro (SP)
Feminino
1º Lugar: Catarina Ganzeli Winkler (SP)
2º Lugar: Sinara Pazos (BA)
Veterano do paddleboard brasileiro, Patrick Winkler, que defende a seleção brasileira desde 2015, está otimista com a criação do circuito e comenta a importância de uma regulamentação para a modalidades:
“Estou feliz pelo titulo de campeão brasileiro, mas é algo que já deveria ter sido homologado há muito tempo. Atletas da geração passada, como Maurcio Abubakir, Genauto França, ou até mesmo Claudio Britto, deveriam ter recebido títulos de campeões nacionais anos atrás. Mesmo tendo representado a seleção, nunca houve a regulamentação da modalidade no país, prejudicando o histórico de atletas renomados”.
Patrick continua: “Entretanto, estou feliz com com este passo da CBSurf, e também com o título, o qual dedico aos meus companheiros de longa da data da Raia da USP, com destaque para meus técnicos do passado: Alessandro Matero (Amendoin) e Vini Sanchez”.
Desde o fim do ano passado, Winkler se mudou para Ubatuba, no litoral norte de SP. O motivo de sua mudança nada teve a ver com a pratica do paddleboard, mas ele informa que é inegável que a nova residência traz muitas vantagens em relação a São Paulo Capital, onde vivia, no dia a dia de treinamento.
Já Felipe Barone, também é atleta de longa data do paddleboard e teve o melhor desempenho deu sua carreira esportiva em 2022. Alex Ribeiro, pode ser considerado como a revelação do ano e é um dos grandes nomes para as próximas temporadas.
Contudo, alguns nomes fortes não estão no topo do ranking, por não terem participado de todas as etapas. É o caso, por exemplo, de Nando Grilo, de Santa Catarina, (campeão do Molokabra 2022) e do baiano Jader Andrade (atleta da seleção brasileira de paddleboard).
Já no feminino, a nadadora de águas abertas que também é remadora, Catarina Ganzeli Winkler, foi a vencedora, seguida pela veterana Sinara Pazzos. Ressaltando que Sinara já participou de quatro campeonatos mundiais.
O SUP é modalidade regulamentada e com estatuto tanto na CBSUP, quanto na CBSurf. Já o paddleboard, que internacionalmente tem a mesma filiação na ISA, no Brasil, não tinha estatuto em nenhuma das duas confederações. Os registros de filiação começaram oficialmente em 2022, através da Confederação Brasileira de Surf.
Para a temporada de 2023, a CBSurf tem planos de reverter as taxas de inscrições e taxas de afiliações do paddleboard em premiações para a modalidade.