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O resgate de uma baleia-franca que estava emaranhada em uma rede de pesca desde a última quinta-feira (10) gerou alívio e um intenso debate neste domingo (13), na Praia da Ponta do Papagaio, em Palhoça. A libertação do animal, realizada por um homem ainda não identificado, foi documentada em vídeo pelo fotógrafo Carlos Anselmo, que acompanhava a situação há dias.
A ação, embora celebrada por muitos, levanta questões sobre os protocolos de resgate de animais marinhos e os riscos de intervenções não autorizadas e pode até gerar uma multa ao remador de SUP que realizou o resgate.
O fotógrafo Carlos Anselmo, que divulgou as imagens em suas redes sociais, explicou a motivação por trás da atitude. “Nos últimos três dias, acompanhamos uma baleia-franca em perigo com uma rede de pesca presa à sua carapaça. Diante da recorrência de possíveis riscos, exercemos o dever de agir”, escreveu Anselmo, ressaltando que a retirada foi feita com cuidado por uma pessoa com experiência em resgates.
Desde a primeira avistagem do animal na quinta-feira, o caso era monitorado por órgãos oficiais. Conforme noticiado pelo portal NSC Total, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) chegou a mobilizar uma embarcação, mas avaliou que a rede não comprometia a mobilidade da baleia, que nadava de forma calma. A Polícia Militar Ambiental também utilizou drones para acompanhar o mamífero.
A controvérsia reside no fato de que a legislação ambiental vigente proíbe a aproximação e intervenção em mamíferos marinhos por pessoas não autorizadas, mesmo com boas intenções. O protocolo oficial orienta que ninguém entre na água para ajudar, devido aos riscos para o animal e para o próprio indivíduo. A ação, caso o responsável seja identificado, pode resultar em multa por infração ambiental.
Em entrevista à imprensa, o IBAMA confirmou que monitorava a situação em conjunto com o Projeto Australis. Segundo o Jornal da Razão de Santa Catarina, o órgão explicou a complexidade do caso: “É uma mãe com filhote recém-nascido. Qualquer interferência humana poderia causar mais dano”, afirmou um representante, indicando que a rede poderia se soltar naturalmente e que uma aproximação poderia estressar o par, causando um risco maior. Mas a perguntas que muitos moradores, que acompanharam de perto drama, fizeram e que foi reverberada pelas redes sociais é: “E se a rede não se soltasse”?
A costa catarinense é uma área crucial para as baleias-francas, que migram para a região entre julho e novembro para dar à luz e amamentar seus filhotes. Segundo o ProFranca, é comum que esses animais apresentem manchas brancas pelo corpo, um traço característico da população que frequenta o litoral brasileiro.
Até o momento, o autor do resgate permanece anônimo, mas seu ato já se tornou um símbolo do complexo dilema entre a ação direta motivada pela compaixão e a necessidade de seguir protocolos técnicos para garantir a segurança de todos.