“Pensei que ia morrer”: remador tem canoa destruída por lancha em Belém

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Lancha destruída
Apesar de sofrer apenas algumas escoriações, Igor teve a canoa V3 destruída após ser atingida por uma lancha. Ele também quebreou o leme, perdeu óculos e celular. Foto: Reprodução Instagram

O que começou como um passeio tranquilo pelos igarapés da Ilha do Combú, em Belém (PA), terminou em um susto avassalador e um grande prejuízo para o remador Igor Vianna, capitão do clube Canoa Paidégua. No último fim de semana, ele e sua parceira de remo, Tayanne Tabosa, foram violentamente atingidos por uma lancha enquanto remavam na região em sua canoa V3. Por sorte, ambos sobreviveram com escoriações, mas o relato do acidente serve como um grave alerta sobre a segurança.

Em uma postagem em suas redes sociais, Igor descreveu o cenário idílico que precedeu o acidente: “Maré de azeite e céu de brigadeiro, iniciamos a travessia”. A tranquilidade foi quebrada de forma abrupta. “Eu vi a expressão do rosto dela [Tayanne] se tornar de terror e virei. Não deu tempo de ter nenhuma reação, só deu pra eu me jogar da canoa e rezar pra hélice daquela lancha não me decepar por inteiro. Eu pensei que eu ia morrer ali sangrando no meio do Guamá”, relatou.

Segundo Vianna, o condutor da lancha estava distraído, olhando para o celular, e “conseguiu a façanha de acertar nossa canoa em cheio”. O impacto foi devastador. A canoa ficou completamente destruída, como mostram vídeos compartilhados pelo remador (ver ao final da matéria). Além da embarcação, Igor quebrou seu remo de leme, perdeu os óculos e o celular, que afundaram no rio.

Após o mergulho forçado para escapar da hélice, Igor e Tayanne foram amparados por outra embarcação que testemunhou o ocorrido e os rebocou de volta à margem, onde, por coincidência, uma equipe da Marinha realizava fiscalizações.

Um perigo constante

O acidente com Igor e Tayanne joga luz sobre um perigo constante enfrentado por praticantes de esportes a remo em todo o Brasil. Apesar da fiscalização da Marinha, a irresponsabilidade e a falta de experiência de alguns condutores de lanchas e jet skis são uma ameaça contínua.

Com a chegada do verão e dos períodos de férias, o número de embarcações motorizadas nos rios, lagos e no mar aumenta exponencialmente, e com ele, os abusos. Manobras perigosas, excesso de velocidade em áreas de tráfego misto e a distração de pilotos, como o uso de celulares e consumo de álcool, transformam o que deveria ser um espaço de lazer em uma zona de risco.

É fundamental que a comunidade náutica, especialmente os remadores, redobre a atenção. E, mais importante, que não se cale diante da imprudência. Caso sofra ou testemunhe alguma irregularidade, anote o número de inscrição da embarcação e faça imediatamente uma denúncia à autoridade marítima de sua região. A atitude pode prevenir que um susto, como o de Igor, se transforme em uma tragédia.

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