
Homem registra aproximação de orcas durante remada
Neozelandês registra a aproximação de duas orcas jovens durante uma sessão de remada de stand up paddle
O financiamento ao esporte por meio da Lei de Incentivo registrou em 2024 um marco inédito: pela primeira vez desde sua criação, a política pública superou a casa de R$ 1 bilhão em recursos captados para projetos esportivos aprovados em todo o país. O avanço representa uma tendência consistente de crescimento no mecanismo, que vinha operando abaixo desse patamar nos anos anteriores. Foram R$ 509,8 milhões em 2021, R$ 559,3 milhões em 2022 e R$ 985,6 milhões em 2023.
Criada em 2007, a Lei de Incentivo ao Esporte é uma importante ferramenta do Ministério do Esporte e desempenha um papel fundamental na promoção da prática esportiva, na formação de atletas e no fortalecimento das estruturas esportivas no Brasil por meio do fomento ao esporte de base até o alto rendimento, permitindo que recursos provenientes de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos de diferentes modalidades esportivas e paraesportivas distribuídos por todo o território nacional.
Essas e outras informações estão organizadas no Painel do Esporte, uma ferramenta interativa e gratuita desenvolvida pela plataforma Prosas para ampliar o acesso a dados públicos da Lei de Incentivo ao Esporte e qualificar o debate sobre políticas esportivas no Brasil. O lançamento da plataforma foi realizado no dia no início de maio, com transmissão ao vivo pelo YouTube.
O painel apresentou dados consolidados de forma visual e acessível, com base em informações públicas do Ministério do Esporte e da Receita Federal. A iniciativa tem patrocínio do Instituto Equatorial.
Além do volume inédito de recursos captados, o Painel do Esporte também revelou avanços em outros indicadores relevantes em 2024:
Em termos de distribuição regional, o cenário aponta para uma queda da concentração na região Sudeste nos últimos 4 anos (de 74,7% em 2021 para 68,4% em 2024). Apesar de um leve crescimento percentual nas regiões Nordeste e Centro-Oeste em relação a 2023, o Norte apresentou queda pelo segundo ano consecutivo (de 2,9% em 2022 para 1,9% em 2024). Os dados revelam que apesar de existir um movimento nos últimos anos, a descentralização dos recursos entre as regiões brasileiras ainda é limitada.
Outro dado relevante é a manutenção da concentração dos aportes no último trimestre: 72,5% dos recursos captados em 2024 ocorreram entre outubro e dezembro, reforçando a necessidade de fortalecer o planejamento anual dos projetos. Caiu a concentração no Sudeste com recursos sendo distribuídos no Nordeste e Centro-Oeste, a exceção é na região Norte, que caiu de 2,5% para 1,9%.
Parte das funcionalidades do Painel do Esporte permite identificar com clareza os principais atores da política pública:
Relação entre sede e destino dos recursos
A análise da relação entre sede das empresas incentivadoras e destino dos projetos revela que a concentração no Sudeste continua forte. Todos os dez maiores grupos investidores listados possuem a maioria de seus CNPJs registrados na região Sudeste.
Uma exceção relevante é o Nubank, cuja destinação majoritária dos investimentos, em 2024, foi direcionada ao Nordeste, seguido pela região Sul — uma movimentação que pode indicar novas tendências, ainda que isoladas.