Havaí volta a abrir as fronteiras sem a necessidade de quarentena
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Segundo reportagem publicada neste sábado (01) no Santa Portal, de Santos (SP), uma mulher que se apresenta como coordenadora de um projeto de canoagem havaiana para crianças autistas está sendo investigada pela Polícia Civil sob suspeita de estelionato. A acusada, que não teve sua identidade revelada, teria usado o projeto social para obter vantagens financeiras indevidas, prejudicando diversas famílias.
A investigação começou após quatro vítimas registrarem boletim de ocorrência em 30 de novembro de 2024. Elas são mães de ex-alunos do projeto, que relataram terem feito empréstimos e doações à coordenadora sob pretextos falsos. Há suspeita de mais vítimas.
Segundo o boletim de ocorrência, ao qual o Santa Portal teve acesso, um delegado determinou a abertura do inquérito por haver “indícios do crime de estelionato de forma reiterada”. O despacho destaca que a suposta ONG nunca foi formalmente registrada, reforçando a suspeita de fraude.
A Polícia Civil apurou ainda que a acusada teria usado documentos falsificados para alugar um imóvel por meio de uma imobiliária local. O representante da empresa será intimado para prestar esclarecimentos.
Na última quarta-feira (29), a investigada compareceu à 1ª Delegacia da Deic de Santos acompanhada de seu advogado, mas optou por não prestar depoimento. Segundo o Santa Portal, a defesa informou que ela só se manifestará após tomar conhecimento completo do inquérito.
Duas vítimas entregaram pen drives com supostas provas dos golpes. Além disso, a coordenadora teria sido advertida sobre alegadas ameaças contra as vítimas por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.
Uma das vítimas, mãe de dois adolescentes autistas de 16 e 17 anos, afirmou que a acusada solicitava empréstimos alegando despesas emergenciais, como compra de remos e eventos beneficentes. Ela estima um prejuízo de cerca de R$ 7 mil.
“Ela usa o nome do projeto para sensibilizar. Quando exigi prestação de contas, ela disse que me ressarciria em três vezes”, relatou a vítima à reportagem do Santa Portal. No entanto, além de não reembolsar o valor, a investigada teria excluído os filhos da mulher do projeto e removido a mãe de um grupo de WhatsApp de responsáveis.
Outra vítima, atleta de canoagem havaiana, contou que emprestou R$ 1 mil para transporte de materiais a um evento do projeto, mas não recebeu o valor de volta.
Uma terceira mãe afirmou à polícia que vendeu semijoias para a investigada, que prometeu pagamento imediato, mas não quitou a dívida. Quando passou a cobrar, foi ameaçada e removida do grupo de mães no WhatsApp.
O projeto realizava atividades quinzenais aos sábados na altura do Posto de Salvamento 7, em Santos, e chegou a ter cerca de 120 alunos. No entanto, o número de participantes caiu após as denúncias contra a coordenadora.
As investigações continuam para reunir mais provas e identificar outras possíveis vítimas.
Fonte: Santa portal