São Francisco do SUP Race Festival
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Olá, pessoal! Espero que todos estejam firmes e fortes nos treinos. Gostaria de esclarecer um pouco sobre algumas séries atribuídas nos treinos. Sempre que o atleta encara uma planilha, podem surgir dúvidas sobre como aquela prescrição pode ajudar a melhorar seus resultados e tempos. Vamos começar falando sobre 2 tipos de séries muito comuns: Progressivo e Ritmo de Nado
Como o próprio nome sugere, é uma crescente, portanto você começa mais fraco e aumenta a intensidade, a força e a velocidade de forma gradual. Neste cenário, o atleta encara, por exemplo, 3x100m – uma no A1, outra no A2 e a última no A3. A ideia é baixar uma média de 2 segundos entre uma e outra passagem, portanto, A1 = 2:00, A2 = 1:58 e A3 = 1:56. Alguns atletas baixam muito essa média, fazendo algo como A1 = 2:00, A2 = 1:50 e A3 = 1:40. Quando se fala em maratona aquática, essa variação muito alta não é boa porque normalmente o maratonista aquático irá nadar a maior parte da prova em A1 (aeróbio de baixa intensidade), talvez um A2 se for uma metragem mais curta.
A proposta é que o nadador nade confortável, em baixa intensidade e não sofra demais quando estiver em alta intensidade justamente para que o desgaste seja menor e você consiga ter aquela energia ou margem necessária para um sprint final, uma ultrapassagem, sem comprometer o que foi feito na maior parte da prova.
Isso significa que não adianta ter um tempo forte no começo se você não consegue sustentá-lo por muito tempo. Por isso, quanto mais próximo os tempos de A1-A2-A3, melhor, demonstra que o nadador tem mais consistência e constância no nado.
É um trabalho para que o atleta entenda sua percepção de esforço, o que é extremamente importante tanto nos treinos como na prova em si. Uma situação corriqueira, especialmente dos atletas iniciantes, é querer começar a atividade muito forte, o nadador fica até ofegante, aí rapidamente o desempenho despenca e provavelmente o atleta não vai conseguir fôlego para completar o desafio, independente de qual seja a metragem prescrita. Ou até completa, mas fica extremamente cansado, morre na praia.
Então, vamos recapitular aqui os tipos de ritmo: o primeiro é o Solto, também conhecido como A0, que você encontra quase sempre no final do treino ou quando você fez um descanso ativo entre as séries. Nessa situação, o atleta nada com a musculatura mais relaxada, ou seja, na sua intensidade mais baixa possível – na maioria dos casos entre 50% ou 60% da sua capacidade máxima. É um esforço leve.
Depois temos o A1, A2 e A3, que já falamos em outras oportunidades, e equivalem a:
A1 = Aeróbico de baixa intensidade, de 60 a 70% da sua capacidade, ou seja, é aquela frequência que você consegue nadar de maneira constante e por mais tempo, sem precisar pausar para recuperar, ou intervalos mais curtos de tempo para recuperação. É o seu “estado de equilíbrio”.
A2 = Aeróbico de média intensidade, de 70 a 80% da sua capacidade, exigindo mais da parte cardiorrespiratória. Neste caso, o atleta sente um pouco mais de cansaço, é uma série um pouco mais difícil, mas você ainda consegue controlar o peso do braço e tem um tempo de recuperação suficiente para retomar o esforço.
A3 = Aeróbico de alta intensidade, de 80 a 90% da capacidade. É quando o nadador se aproxima do seu limite, acarretando num tempo de descanso maior para recuperar o fôlego.
Anaeróbico = É a sua velocidade máxima, portanto, tudo acima de 90%. São as séries de tiro, metragens curtas, de alta intensidade, mas com um intervalo maior de descanso.
Tendo essas metragens como parâmetro, durante uma série de ritmo, o nadador irá simular as diferentes velocidades que irá trabalhar na prova alvo. O objetivo é acostumar o corpo ao desgaste previsto durante a prova e ensiná-lo a adquirir um ritmo “específico” – particular de cada atleta.
Espero que essas informações tenham sido úteis. Voltamos em breve com os demais tipos de série.
Bons treinos e até breve.