Maratona Aquática: Promotores de eventos lançam protocolo pós-Covid19
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Fala, galera! Seguimos aqui falando sobre as principais dificuldades que nos deparamos na natação em águas abertas. Hoje falaremos sobre a influência das ondas na adequação do nado e na definição da estratégia de prova.
Vamos começar pela arrebentação. Para alguns nadadores, especialmente os iniciantes, esse trecho pode ser extremamente desafiador. Se você é dos que sentem medo ao observar aquele turbilhão logo no início da prova, a dica de ouro é: mergulhe! Passe por debaixo das ondas, uma, duas ou quantas vezes for necessário, pois assim você evita a “trombada”, que além de te deslocar, pode gerar pânico e insegurança. E lembre-se: quanto mais você se distancia da arrebentação, mais “estável” o mar fica. Portanto, se você passar dessa primeira barreira, a natação certamente irá fluir melhor depois.
Outro ponto importante é ver se não existe um degrau/vala, especialmente quando você estiver voltando (saindo da água), pois isso faz com que você não tenha o apoio dos pés se precisar se levantar/sustentar ou mesmo de impulso para mergulhar e passar da arrebentação. Afundar de repente também causa medo e se o mar tem muitas ondas então, dá aquele famoso caldo. Se você estudar ou procurar conhecer o local da prova com antecedência, verificando detalhes como esse junto ao seu treinador ou amigos que já fizeram a prova, você pode se preparar e seguir adiante mais tranquilamente.
Já em mar aberto, o segredo para lidar bem com as ondas é se adequar ao momento. Retome aqui o último artigo onde falamos sobre correnteza. Imagine, por exemplo, se as ondas estiverem chegando pelo seu lado direito e você tem o costume de só respirar pela direita? Não vai dar muito certo. Por isso, nesse ponto, reforço também a importância da respiração bilateral.
Além disso, em um mar mais agitado, o ideal é uma braçada mais alta e reta, para não bater nas marolas. Ou seja, dê mais ênfase na fase aérea da braçada e fique atento para não travar o braço. O objetivo é obter uma boa extensão do movimento na fase de recuperação. O ciclo de braçadas também tem que ser condizente com as condições do mar, ou seja, quanto mais agitado o mar estiver, mais acelerado deverá ser o nado.
Uma técnica que também pode ser interessante em alguns momentos estratégicos é o nado crawl com a cabeça para fora da água, olhando para frente – também conhecido como nado de polo aquático. Dependendo do sobe e desce das ondas, a respiração frontolateral não é suficiente para que o nadador possa se orientar e enxergar a boia – ou qualquer outro ponto de referência. Mas atenção para não permanecer nessa posição por muito tempo. Quando erguemos muito a cabeça, o quadril e a lombar tendem a descer, tornando a posição de nado mais desconfortável.
Outra recomendação que acho legal é aumentar o ritmo da pernada na fase final da natação (quando estiver perto de sair da água). Isso fará com que o fluxo sanguíneo aumente na musculatura inferior do corpo, ajudando o atleta na hora de voltar à posição vertical, evitando tonturas e aquela famosa dobrada de joelhos quando pisar na areia.
É isso. Espero mais uma vez ter ajudado vocês no universo da maratona aquática. Voltamos em breve com mais conteúdos!
Abraço.