Natação cada vez mais forte no Aloha Spirit Festival
O maior evento de esportes aquáticos da América Latina não poderia deixar de ter a natação como um dos ... leia mais
A natação nos mares garante muitas lições. Seja dentro ou fora das águas salinas dos mares. Aulas necessárias para a vida e o mundo dos negócios.
Nesta segunda parte do artigo, vai ser possível reconhecer outros ensinamentos sutis e imprescindíveis para os que ocupam cargos de liderança, empreendedores ou aqueles que compreendem que nadar vai sempre além de braçadas e pernadas…
Nas vezes em que entramos e saímos do mar em dias mais agitados, é necessário irmos ao fundo, encostar o peito na areia, para deixar o pior passar e prosseguirmos em nossos objetivos nadando (seja iniciando ou finalizando uma travessia).
Fora dos mares, em meio ao ambiente turbulento dos negócios, devemos deixar um movimento mais forte passar e garantir tempo de estruturação para novas tentativas e investimentos. Arriscar ser mais forte que o movimento pode ser fatal em ambos ambientes.
Trata-se de esforço – Uma das mais simples e complicadas lições quando se nada. Muita das vezes, o pouco conhecimento dos mares, o costume com as águas cloradas das piscinas ou a pura arrogância movida pelo sentimento de “saber tudo” faz com que pensemos que o deslocamento seja um quase conflito com o mar.
Muito pelo contrário: isto representa força desnecessária que irá te fazer falta para longos percursos.
A questão é do esforço que temos de fazer a fim de completarmos nossas provas, da tenacidade, da resiliência.
Isto é, a consistência garante o resultado. Nada muito diferente na nossa atuação empresarial.
É preciso saber ser levado pela força, para depois contornar no momento certo – Quando ficamos presos nas correntes de retorno – popularmente conhecidas como valas – sempre somos movidos pelo impulso natural de sobrevivência de tentar sair fazendo o movimento contrário. Uma luta inglória pela qual muitos banhistas passam e que representa fator conhecido de afogamentos nas praias – basta perguntar a qualquer guarda-vidas.
Os nadadores, desde o início de seu aprendizado nos mares, aprendem a entender o processo que envolve este fenômeno natural. A saída é ser conduzido pela força que empurra e tangencia-la assim que diminua sua intensidade.
Quantas vezes o mundo empresarial apresenta tendências nos negócios e muitas vezes insistimos e contrariar a “mão invisível do mercado” por pura presunção. Em ambos casos, é afogamento na certa.
São eles que conhecem as condições de cada mar, das possibilidades e riscos. Os mesmos que te podem acalmar em momento de maior desespero ou te estimular quando preciso.
Nas empresas, o poder da experiência nunca deve ser desprezado, mesmo naqueles segmentos mais modernos e de grande poder de inovação.
Um triplo conselho que te ajuda a não desprender energia desnecessariamente.
Em momentos complicados seja no mar ou nos negócios, é preciso parar e concentrar na decisão mais acertada – seja na direção ou potência da escolha.
Assim, o fluxo mais acertado conduz a alcançar o objetivo proposto, mesmo que tenha vindo após uma corrente inesperada ou uma fusão de empresas que te pega despreparado.
Dificilmente você encontrará nadadores de travessias aquáticas nadando solitariamente. Os treinos são feitos nas praias sempre em grupos com parceiros dividindo a mesma cor de toca (geralmente em cores mais berrantes, como o laranja, para facilitar a identificação nos mares).
Nadadores pertencem sempre a seus cardumes. Isso é bom e necessário. Seja para servir de estímulo ou proteção – afinal, imprevistos podem acontecer.
O trabalho em equipe é muito valorizado no mundo corporativo, visto que os resultados podem ser efetivamente melhores. A equipe serve de base a um grande talento empresarial.
Em ambiente competitivo, sempre há os que querem alcançar vitórias a qualquer custo – utilizando recursos que muitas das vezes não primam por um senso mais ético.
Em meio ao afã da conquista, as braçadas e empurrões na saída de uma maratona aquática algumas vezes não são apenas para garantir impulso. Situação bem similar aos tradicionais “puxadores de tapete” corporativo, que buscam promoções a qualquer custo. Em ambos os casos é preciso proteger-se.
A recomendação é sempre manter uma distância segura para buscar o melhor movimento ou decisão.
Sim, mesmo sendo tão encantador, o mar exige e premia aqueles que se dedicam, que são disciplinados. Ser pego de surpresa em momentos em que é preciso fazer um esforço maior não é nada consolador.
Preparo sempre, porque as travessias aquáticas igualam a todos na água, mas credencia com a vitória quem se esforçou antes.
Superação é quase um mantra dentro e fora das águas; assim como estar despreparado ou fazer escolhas majoritariamente intuitivas podem ter um impacto negativo no resultado do negócio.
O mercado e a alta gestão são tão implacáveis quanto uma corrente desfavorável
A natação é reconhecida como um dos exercícios mais completos que existem. Acionam uma gama muito grande de músculos em nosso corpo, além de promover benefícios nos aparelhos respiratório e circulatório. Por isso, a sincronia dos movimentos projeta o nadador cada vez mais à frente.
Há aqueles que possuem uma braçada mais alongada ou uma pernada mais potente. Utilize seu melhor ativo para alcançar a vitória.
Assim como aqueles que possuem maior senso de percepção, criatividade, pró-atividade. São os seus diferenciais que o conduz às promoções ou negociações favoráveis para o seu negócio.
Para finalizar, alguns dos conceitos mais prazerosos da prática da natação em águas abertas: é indescritível a sensação de nadar e contemplar a perfeição da natureza.
Dividir braçadas com colegas nadadores, com tartarugas, arraias, peixes diversos…. Contemplar a cidade em que mora ou que está visitando por outro ângulo pouco visto. Uma verdadeira higiene mental.
Por isso, o ambiente precisa ser respeitado e protegido. Um conjunto de fatores que nos proporcionam uma satisfação, gratidão por estar vivo e capaz de novas maratonas aquáticas…
E a relação com o universo corporativo? Bem, assim como nas travessias, tomamos decisões e fazemos escolhas que acreditamos ser as mais viáveis, interessantes e satisfatórias.
Por isso, estas sensações, cada um deve encontrar nos respectivos propósitos e escolhas profissionais….
A primeira parte desse artigo pode ser lida AQUI.
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