Cadência de nado: dica para melhorar seu desempenho nas provas

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coordenação do nado, Cadência de nado
A cadência de nado pode variar de acordo com o tipo de nado e o ambiente em que o nadador está. Foto: Daniel Righetti

Fala, moçada! Neste artigo, vou falar sobre um fator muito importante para que você não desperdice energia e tenha resultados mais efetivos na sua maratona aquática: a cadência de nado. Trata-se da frequência de batidas das pernas em relação às braçadas, impactando diretamente no seu ritmo de nado, consequentemente na sua performance.

Para melhorar a cadência, o atleta pode experimentar aumentar e diminuir a frequência de braçadas ou pernadas. Nadadores de águas abertas normalmente aumentam a frequência de braçadas para ganhar mais velocidade. Mas, dependendo da situação que você encontra na natureza, em vez de empurrar a água com força, para que você possa poupar energia para momentos mais decisivos, o ideal é relaxar a recuperação de braços e atingir um ritmo controlado e mais eficiente por meio da pernada. 

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Ou seja, a cadência de nado pode variar de acordo com o tipo de nado e o ambiente em que o nadador está. Por exemplo, em um mar mais agitado, a pernada pode ser 4×1; Já em um mar com muita ondulação, 2×1; E quando se está querendo abrir uma vantagem para o pelotão, 6×1. O mesmo ocorre com a braçada. Contra corrente, a dica é buscar uma frequência de braçada maior, girando mais o braço, para que o desgaste físico seja menor dentro de uma circunstância que já é naturalmente mais exigente para o atleta. 

Já a favor da corrente, o atleta pode adotar uma estratégia de diminuição da frequência de braçadas, fazendo um movimento mais amplo, puxando mais água, trabalhando mais a rolagem de tronco, consequentemente atingindo um deslize melhor. Isso faz com que ele poupe energia para um possível sprint final, uma ultrapassagem. 

Vale destacar ainda a importância de aprender a contar as braçadas e pernadas, saber e entender qual é a sua frequência. Ela é uma referência do ritmo do atleta – e também no que diz respeito à segurança do mesmo durante o desafio. Por exemplo, se numa prova cuja temperatura da água é mais fria, se você percebe que a frequência está caindo muito, pode ser que você esteja entrando em hipotermia; se a temperatura da água é muito quente, e a frequência também baixa muito, pode ser sinal de hipertermia. 

Também vale o mesmo se numa prova mais longa, você nota que a frequência está muito elevada, isso significa que você pode diminuir a frequência para conseguir sustentar um ritmo mais equilibrado ao longo de todo o percurso, o que pode trazer maiores chances de sucesso no final. Enfim, fazer essa medição é útil por vários motivos, especialmente na montagem da sua estratégia de prova. 

Espero que tenha ajudado vocês a entenderem um pouco mais sobre esse universo da maratona aquática. Voltamos em breve com mais dicas. Abraço!

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