Polimento: o que fazer (ou não) antes de nadar sua maratona aquática
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Olá amigos do Aloha Spirit! Hoje vamos falar sobre os tipos de braçada mais utilizados na maratona aquática, em que momento você deve aplicá-las e como você pode melhorar sua performance adequando sua técnica às condições adversas da natureza.
A primeira coisa que o atleta precisa saber é que a braçada tem duas fases: submersa e aérea. Vamos falar primeiro sobre a fase submersa. Uma dúvida muito frequente entre os alunos é: braço reto ou dobrado? Quanto mais dobrado o cotovelo estiver na fase submersa, mais propulsão o atleta ganha. Aliás, quanto mais próximo de 90 graus melhor. Lembrando sempre de manter o dedo polegar na linha mediana do corpo, se o braço passar dessa linha ou ficar aberto demais, o nadador perde eficiência.
O braço reto na fase submersa não é errado, porém é uma técnica mais utilizada por nadadores velocistas. Com o cotovelo mais estendido, semi-flexionado na verdade, o atleta puxa mais água e ganha potência. Mas sustentar esse movimento por muito tempo, o que não é o caso das provas rápidas, gera um desgaste maior dos braços, aumentando o risco de lesões.
Já a fase aérea da braçada é importante por dois motivos. Primeiro porque é o momento em que o nadador descansa, por isso também chamamos de fase de recuperação. Segundo, se não existe um bom encaixe quando a mão entra na água, movimento que chamamos de agarre, o nadador perde o apoio e isso interfere diretamente na finalização. O atleta perde tração e não desloca tanto.
Além disso, quando o nadador entende quais são as condições naturais que ele está enfrentando, a braçada certa faz toda diferença no resultado da prova. Se o mar estiver muito mexido, com certeza é melhor que você faça uma braçada mais alta e reta para não quebrar o braço nas ondas. Essa amplitude de movimento, faz com que o nadador encaixe melhor o braço lá na frente e, consequentemente, finalize a braçada com mais eficiência.
Quando se está nadando contra a corrente, o ideal é que o atleta tire um pouco o apoio da braçada e aumente a frequência para não sofrer tanto desgaste físico. Quando a prova tiver correnteza a favor, o atleta pode controlar melhor a aplicação de força uma vez que a própria corrente favorece o seu deslocamento. Portanto, recomendo nadar mais alongado, poupando energia para momentos estratégicos como ultrapassagens ou sprint final.
Já vi muitos casos em que os treinadores indicam a braçada reta na fase aérea principalmente quando o nadador está utilizando o neoprene. Como a roupa de borracha com manga comprida limita a rotação do ombro, nadar com o braço mais reto realmente é mais confortável. Porém, acredito que quando se nada muito tempo nessa posição, isso gera uma sobrecarga desnecessária no ombro devido a ação natural da gravidade. Por isso, quando você faz uma leve flexão do cotovelo, isso já alivia essa alavanca do ombro, deixando o atleta mais relaxado.
Espero mais uma vez ter ajudado vocês. Bons treinos e nos vemos em breve!