Expedição de OC4 a vela: Santa Cruz x Vitória

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OC4 a vela
Capitaneados por Tiago Barros, Lilian Dela Costa, Hany Lara e Joselito Jr, realizam travessia de OC4 a vela pelo litoral do Espírito Santo. Foto: @fer_silveira

Começamos a expedição de OC4 a vela com intuito de trazer essa canoa para a base do Trindade Va’a Club, que fica na curva da Jurema, em Vitória (ES).

Convidei três amigos e remadores do clube para fazer essa aventura linda pelo litoral norte de nosso estado até o centro de Vitória. Meus três tripulantes e alunos de vela em formação também ficaram maravilhados com o convite.

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Organizamos toda a logística de irmos para o norte e quem ia trazer o carro de volta, aquele corre-corre! Chegar no clube, montar a canoa… isso porque começamos a montagem às 14h!  Mas, deu tudo certo e planejamos fazer a travessia em duas etapas por conta do horário. A primeira perna foi de Santa Cruz até Fundão, aproveitando o fim de tarde, animal.

OC4 a vela
Momentos da travessia. Foto: Arquivo pessoal

Com tanta beleza não podia faltar o perrengue! Uma peça chamada Garlindeu, que prende a retranca ao mastro, começou a soltar os rebites e tivemos que manter a calma, folgar a vela e usar um cabo pré-estirado para fazer uma amarração segura e assim chegarmos à praia de Praia Grande.

Assim, chegamos sãos e salvos, com muita segurança e recheados de belos vídeos e fotos lindas.

A segunda etapa foi feita na manhã do dia seguinte. Apesar do vento fraco, conseguimos fazer um bom velejo de vento em popa rasa; um quase través. Mantivemos a vela no mesmo ângulo um bom tempo.

Quando chegamos ao quilômetro 14, o vento deu uma rondada e ficou muito fraco, atrasando bem a velejada. Pensamos em até remar um pouco; nesse momento também vimos golfinhos e um cardume de peixes bem grandes, atum, eu acho.

OC4 a vela
A brava OC4 e a rota percorrida. Foto: Arquivo pessoal / Google Maps

No quilômetro 20, o vento começou a soprar bem, chegando aos 11 nós e o semblante do velejador começou a melhorar com ar de felicidade. 

Fora as resenhas e ensinamentos compartilhados, era nítido o interesse dos alunos, prestando muita atenção à navegação responsável com marcação de terra para traçar as rotas.

Nossa OC4 a vela era composta por Lilian Dela Costa, Hany Lara, Joselito Jr., eu, Tiago Barros, capitão e leme.

Quando nos aproximamos do quilômetro 30, passando em frente à mineradora Vale, onde íamos entrar na baía de Camburi, apesar do vento limpo do mar abert, avisei a todos que quando na entrada da baia o vento ia dobrar sua intensidade por conta do encontro das massas de ar quente que saem da indústria e se encontram com outra temperatura, mais fria. 

OC4 a vela
Tiago Barros conduzindo a OC4 a vela. Foto: Arquivo pessoal

Assim, no quilometro 32, começamos a velejar com intensidade. A canoa a vela estava surfando com vento em popa, com velocidade de 15 a 16 km por hora. Eles quase não acreditaram no que eu falei, mas sentiram na prática o quanto aprenderam com essa expedição incrível. 

Deu pra sentir que essa tripulação tem sal na veia!

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