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O inglês Brendon Prince, 48, concluiu na tarde de terça-feira, 14 de setembro, a incrível marca de 2.500 milhas (cerca de 4.200 km) percorridos a bordo de um stand up paddle e estabeleu um novo recorde mundial, em distância percorrida, na modalidade.
Prince partiu de Torquay, em Devon, sul da Inglaterra, em 27 de abril deste ano, com o objetivo de circum-navegar a Grã-Bretanha (ilha que que abriga a Inglaterra, Escócia e País de Gales) remando de stand up paddle. 144 dias após sua largada, ele voltou a sua cidade natal sendo recebido com festa na praia.
Emocionado com a conquista e com a recepção calorosa, o remador declarou: “A única vez que me senti assim foi no dia de Natal, quando tinha cerca de oito anos.”
Prince disse que foi chamado de louco várias vezes por dia por aceitar o desafio: “Acho que é preciso ter uma motivação enorme e, para mim, tudo se resume à segurança da água”, revelou.
No passado, Brendon Prince foi salva-vidas na praia de Mawgan Porth, no norte da Cornualha, em outubro de 2014, quando três pessoas morreram afogadas. Ele tirou duas pessoas da água, mas não conseguiu salvar suas vidas.
Ver o impacto das mortes nas famílias das vítimas levou o Sr. Prince a criar a instituição de caridade chamada Above Water, que realiza ações educativas sobre segurança na água para crianças.
Ele disse que queria que a segurança da água fosse ensinada às crianças anualmente nas escolas.
Esse incidente foi, também, a motivação por trás do desafio. Ao longo de toda sua travessia, as pessoas foram convidadas a fazer doações para a sua instituição, Above Water.
“Quando você se levanta às 05h00 da manhã para colocar um kit molhado e remar quando ninguém vai te ver por dias, é essa motivação lá, então eu canalizo e uso em meu favor“, disse.
Sobre a experiência de passar tanto tempo na água, encarando ventos, chuva, correntes marítimas, entre outras adversidades, Prince foi enfático: “Essa experiência mudou minha vida”.
Ao longo de sua jornada, o remador passou por sitações difíceis, a ponto de quase desistir, teve contato com a vida selvagem e conheceu pessoas incríveis.
Quando perguntado sobre as maiores dificuldades, ele disse que foram muitas, mas destaca uma travessia na região de Dartmouth, que deveria ser feita em duas horas, mas, por conta dos ventos e correntes, só conseguiu concluí-la após oito horas de muito esforço, acrescentando que caiu da prancha mais de catorze vezes nesse dia.
“Sou uma nova pessoa“, disse. “Que privilégio ter remado por 141 dias, fazer a diferença”, concluiu.