Remando em Preservação – Diário de Bordo IV
A meteorologia continuou invertida com muitas precipitações e ventos quilométricos, que hora rasgavam os ... leia mais
O dinamarquês Casper Steinfath completou no último domingo (09) uma travessia de 123 km pelo canal de Skagerrak, uma passagem marítima que liga sul da Noruega e ao noroeste da Dinamarca e oeste da Suécia.
Para realizar o feito, Casper utilizou um SUP foil (como são chamadas as pequenas pranchas de stand up paddle acopladas a uma quilha hydrofoil) partindo no início da manhã do porto de Grenaa, na Dinamarca, rumo à Bua, uma pequena cidade portuária sueca.
A travessia foi concluída em 10 horas e 53 minutos. Ele se tornou, também, uma das poucas pessoas no mundo a ultrapassarem a distância de 100 quilômetros usando um SUP Foil.
As últimas horas do desafio foram caracterizadas cãibras e muita dor nos pulsos. Para piorar, na reta final, a poucos quilômetros da costa, fortes ventos contrários quase fizeram o dinamarquês desistir:
“Aconteceu como eu temia. Quando estava cinco milhas da costa (cerca de 8 km) o vento estava soprando muito forte. Não consegui fazer meu SUP Foil decolar e fiquei preso, sem conseguir avançar. Estava exausto. Eu não conseguia mais mover minhas pernas, mas meus braços ainda funcionavam. De onde estava, já conseguia ver meu destino, e isso foi um pouco frustrante. Então, meu técnico [Magnus Lindstedt] veio até mim com palavras de incentivo e decidi completar a travessia remando deitado. Foi a única forma de vencer o vento”, revelou Casper Steinfath à imprensa local que ao lado de populares receberam o atleta com grande festa.
Esta foi mais uma etapa do projeto Viking Crossing, através do qual o dinamarquês se propõe a realizar uma série de desafios.
Sua próxima travessia será cruzar o perigoso Mar do Norte, um desafio que ele espera com entusiasmo e medo:
“É um pouco como encarar um dragão que terei que abater. Remarei em mar aberto, um dos mais difíceis do mundo, longe da terra e muito exposto ao vento, às ondas e às intempéries. Estou com muito medo, mas o Kattegat me deu mais coragem e resistência para encarar esse desafio”, Conclui o casca grossa.