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WaterCast: Sérgio Oliveira e a história do Remo Sem Fronteiras
Sergio Oliveira, um dos fundadores Remo Sem Fronteiras conta a história do projeto que mudou a vida de ... leia mais
Rogerio em mais um dia de treinos em Santos (SP). Foto: AP
Há quanto tempo você rema de prone paddleboard?
Em meados de 2017 um amigo me emprestou um equipamento de paddleboard, até então nunca havia experimentado. Peguei gosto e desde então pratico semanalmente.
O que te levou a praticar?
O mar faz parte da minha vida, procuro estar diariamente, seja através do surfe, SUP race e agora paddleboard. Tais atividades estão ligadas e se complementam em um condicionamento físico em dias flat.
Você como educador físico poderia listar os benefícios do prone paddleboard?
É uma atividade sem impacto e aeróbica; excelente na queima de calorias. Além disso, proporciona equilíbrio corporal, fortalecimento e flexibilidade muscular dos membros superiores, melhora a postura, ativa a circulação melhorando a oxigenação do corpo. Por ser um praticante, recomendo e afirmo que os benefícios podem ser sentidos já nas primeiras semanas.
Durante o Kialoa Paddle Challenge 2018 – Primeira prova longa de que participou. Foto: Carla Falleiros.
Nos anos 90, início dos anos 2000, havia muita gente remando de paddleboard em Santos. Depois, a modalidade quase desapareceu. Como é que está atualmente?
Essa modalidade vem sendo mais divulgada e consequentemente ganhando força, embora ainda pouco praticada. Mas tenho notado interesse por praticantes de outras modalidades aquáticas. Em Santos, encontro frequentemente alguns antigos remadores como Rafael Saracura (Palhaço) e o Renato Solano, que vem dessa geração.
Acredito que o paddlelboard está em um momento de ascensão com gente muito boa trabalhando em prol da modalidade. Eu particularmente busco conhecimento observando e conversando com praticantes mais experientes como o Patrick Winkler e Mauricio Abubakir.
Como proprietário de uma guardaria aqui na cidade de Santos, e um apaixonado pelo paddlelboard, estou trabalhando em um projeto em que busco produzir imagens e vídeos para incentivar mais gente a praticar a modalidade, para que futuramente tenhamos muitos adeptos.
Em agosto nós publicamos um artigo pra chamar a atenção da comunidade sobre a importância de mais provas longas de paddleboard no Brasil. Queria saber a tua opinião sobre isso.
Gosto de navegar e me identifico com mar, por isso esse é um modelo de remada que me atrai. Estar em sintonia com a natureza me motiva. As provas longas são alucinantes e tudo acontece. Treinar pra esse tipo de prova faz você conhecer seu corpo e mente, pois, além da preparação física, uma boa suplementação e leitura de mar fazem toda diferença em travessias.
Minhas experiências foram os 21 km do KPC, na represa de Guarapiranga, e 12 km do Kopa, todas de recuperação. Prova longa permite a correção de erros possibilitando novas estratégias, principalmente no downwind, onde venho me especializando. Gostaria que tivéssemos no mínimo três eventos desafiadores de paddleboad aproveitando downwind.
Rogerio (à dir.) Junto à galera que está levando adiante o prone paddleboard em SP. Da esq. para dir.: Felipe Barone, Oswaldo “Badu”, Arthur Barone e patrick Winkler. Foto: AP
O que você achou da prova do Kopa?
Foi a melhor prova que participei. Tudo estava redondo: staff, logística, cuidados com os equipamentos e condições favoráveis para o paddleboard, foi a prova que mais surfei e me diverti.
Quais são suas metas daqui pra frente?
Além das minhas atividades com a Guardaria Da Ruy, estou bem focado no prone paddleboard. Tenho uma equipe multidisciplinar que me orienta em meus treinos e projetos e quero ter a oportunidade de conhecer novos equipamentos, aumentar o número de adeptos do paddleboard na região e buscar novos desafios.