
Mundial da ICF: Brasil fica sem medalhas nas finais de SUP Sprint 100m
Brasil encerrou sua participação nas finais do SUP Sprint 100m do Mundial de SUP da ICF sem conquistar medalhas

Com 18 anos de trajetória, o Aloha Spirit nasceu e se consolidou no Sudeste do país, tendo marcado presença no Nordeste apenas duas vezes até 2024 — em 2016 e 2017, na cidade de Salvador, Bahia. O retorno à região aconteceu ano passado, em Maceió (AL), após um hiato de quase dez anos, e a realização de mais uma etapa em 2025 nos deixou com a expectativa de uma chegada definitiva, porém, parece que estávamos enganados.
O Nordeste faz parte de um projeto de expansão da marca Aloha Spirit somado à necessidade de atender a enorme demanda regional. O Norte e Nordeste apresentaram nos últimos anos um crescimento enorme não só na quantidade de novos praticantes, mas na qualidade técnica de seus atletas, e mesmo nas etapas realizadas no Sudeste, a participação destas duas regiões somadas alcança o percentual de 20%. Além disso o competidor internacional tem participado cada vez mais do Aloha Spirit e eles adoram o Nordeste.
Nos últimos anos o nosso escritório em São Paulo vinha recebendo com muita frequência o pedido de clubes e de atletas nordestinos, para que levássemos uma das nossas etapas até eles.
Saímos da zona de conforto, deixamos cidades ou praças onde já tínhamos uma relação fluida e de muita confiança, para investir neste novo projeto regional.
Quando anunciamos o retorno de um dos maiores eventos de esportes aquáticos do mundo ao Nordeste, isso foi bastante comemorado não apenas pela comunidade esportiva alagoana, mas também por atletas de outros estados vizinhos, que viam neste projeto a oportunidade da realização do sonho de participar do Aloha Spirit Festival. Parte do Sudeste também comemorou e tivemos não só uma razoável adesão em 2024, como muitos voltaram em 2025. Podemos dar muitos exemplos que confirmam essa nossa análise, mas talvez o mais simbólico tenha sido receber a delegação amazonense, que esteve presente em Maceió tomada por uma felicidade contagiante.
O nosso país tem dimensões continentais e viajar de um extremo ao outro, do Norte / Nordeste para o Sudeste, não é algo para qualquer bolso, mas, além disso, a etapa em Maceió atendia uma boa parte dos atletas que frequentam o evento e aliam o esporte com o turismo.
A relação patrocinada (evento) e patrocinador (poder público) precisa ser uma relação de igualdade, de extrema confiança e respeito, um pelo outro, e quando isso não acontece, fica claro que não existe sinergia.
Os custos para uma etapa na região são 30% maiores do que qualquer etapa realizada, o número de atletas é bastante menor, o que reduz muito a receita com inscrições, mas, mesmo sabendo disso, a Ecooutdoor Sports Business se programou e montou o seu planejamento. Seriam três ou quatro anos no máximo, para termos um evento consolidado na região e com a mesma adesão das demais praças, um processo natural de crescimento.
Em 2024 já foi bastante difícil e nada seguro colocar a etapa de pé, mesmo assim, após um realinhamento, a segunda edição de 2025 foi confirmada. A etapa deste ano pela primeira vez na sua história do evento, quase foi cancelada. A perda de credibilidade seria enorme, os atletas que fizeram seus investimentos com hospedagem, passagens aéreas e outros, perderiam este investimento além da decepção daqueles que se prepararam para esta competição. Definitivamente não podemos mais correr este risco.
Neste momento este texto responde ao grande número de atletas que tem diariamente se comunicado conosco, questionando, cobrando, querendo saber o motivo de não estarmos mais falando sobre a etapa Nordeste, apenas sinalizando cidades no Sudeste.
Aos atletas locais, principalmente da Canoa e SUP, mas também da Maratona Aquática, podemos dizer que nada está 100% definido, pode, sim, ser revertido, mas, neste momento, o Aloha Spirit está navegando de volta ao seu “porto seguro” e quem sabe em um futuro próximo não decidamos voltar.
NUMEROS EM 2025 ALOHA SPIRIT NORDESTE:
Aloha.