
Remada Rosa reúne remadoras nas águas da Amazônia
Realizado no domingo em Belém do Pará, Remada Rosa na Baía do Guajará reúne remadoras de diversas ... leia mais
Na manhã deste domingo (19) o remador sul-africano Richard Kohler pisou em terra firme pela primeira vez desde o dia 19 de dezembro de 2022, quando partiu da Cidade do Cabo, África do Sul, a bordo de seu caiaque transoceânico rumo ao Brasil.
Após percorrer mais de 7 mil km vindo da costa sul-africana, acompanhado por remadores brasileiros que o recepcionaram na entrada da Baía de Todos os Santos, Kohler chegou à Praia do Farol da Barra por volta de meio dia.
Na chegada, foi recepcionado por sua esposa que o esperava na areia da praia e, em seguida, pediu para tomar uma água de coco para celebrar o feito extraordinário.
Ao longo de três meses, o sul-africano fez a travessia a remo do oceano atlântico usando uma rota semelhante à do brasileiro Amyr Klink, nos anos 1980, valendo-se da Corrente Marítima de Benguela, dos ventos alíseos, e, claro, muita preparação.
No entanto, ao contrário de Amyr, que usou uma embarcação cujo sistema de propulsão era o skiff (dois remos acoplados ao barco), Kohler remou com um único remo de pá dupla, o mesmo usado em caiaques oceânicos, sendo a primeira pessoa a cruzar o Atlântico Sul com esse tipo de equipamento.
Para além do teor aventureiro da viagem, Kohler também tem captado recursos para a Operação Sorriso, na África do Sul. Trata-se de uma organização médica voluntária para atendimentos e cirurgias gratuitas a crianças com fissuras faciais.
Até o momento, Kohler já arrecadou o equivalente a R$ 86 mil, sendo que a meta da aventura é arrecadar aproximadamente R$ 150 mil para viabilizar cirurgias para 70 crianças sul-africanas.
Kohler ainda não definiu sua data de retorno à Cidade do Cabo, mas é estimado que passe até três semanas em Salvador.
Essa foi sua segunda tentativa de travessia do Atlântico. Em dezembro de 2021, ele foi forçado a voltar à costa da África após duas semanas do início da tRavessia.
Isso ocorreu devido à corrosão na fiação do painel solar do caiaque, impedindo-o de carregar as baterias a bordo, o que comprometeria seriamente sua segurança.
No total, foram quase dois anos de preparação para conclusão do feito histórico deste domingo.
A equipe Aloha Spirit Midia parabeniza Richard Kohler pela missão cumprida!