Mundial de Canoagem Oceânica em Análise nesta terça-feira, no YouTube
O programa Análise, no canal YouTube Aloha Spirit Mídia, apresenta nesta terça-feira, 20h, um especial ... leia mais
Na manhã deste domingo (19) o remador sul-africano Richard Kohler pisou em terra firme pela primeira vez desde o dia 19 de dezembro de 2022, quando partiu da Cidade do Cabo, África do Sul, a bordo de seu caiaque transoceânico rumo ao Brasil.
Após percorrer mais de 7 mil km vindo da costa sul-africana, acompanhado por remadores brasileiros que o recepcionaram na entrada da Baía de Todos os Santos, Kohler chegou à Praia do Farol da Barra por volta de meio dia.
Na chegada, foi recepcionado por sua esposa que o esperava na areia da praia e, em seguida, pediu para tomar uma água de coco para celebrar o feito extraordinário.
Ao longo de três meses, o sul-africano fez a travessia a remo do oceano atlântico usando uma rota semelhante à do brasileiro Amyr Klink, nos anos 1980, valendo-se da Corrente Marítima de Benguela, dos ventos alíseos, e, claro, muita preparação.
No entanto, ao contrário de Amyr, que usou uma embarcação cujo sistema de propulsão era o skiff (dois remos acoplados ao barco), Kohler remou com um único remo de pá dupla, o mesmo usado em caiaques oceânicos, sendo a primeira pessoa a cruzar o Atlântico Sul com esse tipo de equipamento.
Para além do teor aventureiro da viagem, Kohler também tem captado recursos para a Operação Sorriso, na África do Sul. Trata-se de uma organização médica voluntária para atendimentos e cirurgias gratuitas a crianças com fissuras faciais.
Até o momento, Kohler já arrecadou o equivalente a R$ 86 mil, sendo que a meta da aventura é arrecadar aproximadamente R$ 150 mil para viabilizar cirurgias para 70 crianças sul-africanas.
Kohler ainda não definiu sua data de retorno à Cidade do Cabo, mas é estimado que passe até três semanas em Salvador.
Essa foi sua segunda tentativa de travessia do Atlântico. Em dezembro de 2021, ele foi forçado a voltar à costa da África após duas semanas do início da tRavessia.
Isso ocorreu devido à corrosão na fiação do painel solar do caiaque, impedindo-o de carregar as baterias a bordo, o que comprometeria seriamente sua segurança.
No total, foram quase dois anos de preparação para conclusão do feito histórico deste domingo.
A equipe Aloha Spirit Midia parabeniza Richard Kohler pela missão cumprida!