
II Desafio Travessia Salvador – Morro de São Paulo
Grandes nomes da canoagem polinésia e surfski nacional marcaram presença na segunda edição do Desafio ... leia mais
Entre os dias 17 e 19 de outubro, a cidade de Durban, recebeu o Campeonato Mundial de Canoagem Oceânica 2025, organizado pela Federação Internacional de Canoagem (ICF). A competição distribuiu ZAR 200.000 (cerca de US$ 11.500) em premiação e reuniu alguns dos melhores canoístas do planeta em provas desafiadoras sob condições típicas do litoral sul-africano: vento forte, correntes cruzadas e ondas irregulares. A chegada na praia, em algumas provas, também foi bastante tensa, por conta das ondas “quebra-coco” quebrando na areia, dificultando bastante a saída da água.
O destaque da edição foi o australiano Cory Hill, que conquistou seu quarto título mundial na categoria SS1 (surfski individual masculino). Campeão em 2015, 2017 e 2023, Hill confirmou o favoritismo com o tempo de 2h05min22s, superando o francês Pierre Vilella (2h06min05s) e o português Bernardo Pereira (2h06min15s). “Nunca havia competido em Durban, então vencer aqui é muito especial. A energia e as condições foram incríveis”, afirmou o tetracampeão.
No feminino, a sul-africana Kira Bester fez valer o apoio da torcida local e defendeu com sucesso o título mundial da SS1, completando a prova em 2h22min46s. O pódio foi completado por Danielle Richards (Nova Zelândia, 2h23min09s) e Rosemary Edwards (Grã-Bretanha, 2h28min17s). Emocionada, Bester dedicou a vitória ao seu mentor, o técnico Peter Cole, falecido no início do ano.
Os donos da casa também dominaram a disputa por equipes. A dupla Matthew Fenn e Saskia Hockly, da África do Sul, conquistou o ouro na SS2 mista, com o tempo de 1h51min16s, melhorando o bronze obtido na edição anterior. A prata ficou com os franceses Thais Delrieux e Hector Henot (1h53min34s), enquanto os também sul-africanos Jenna Nisbet e Hamish Lovemore completaram o pódio (1h56min56s). “O mar nos testou de todas as formas possíveis, mas conseguimos manter o foco e vencer em casa. É uma sensação indescritível”, disse Hockly.
O Brasil também esteve representado no Mundial. Cinco atletas brasileiros participaram da competição: Mario Queiroz, tricampeão mundial na Paracanoagem Oceânica, Germana Custódio, Silvio Carvalho, Maria E. F. Matta e Alexandre Lopes Miranda, competindo nas categorias SS1 (solo), SS2 (dupla) e Paracanoagem. O melhor desempenho brasileiro foi de Alexandre Lopes Miranda, que finalizou na 29ª colocação da categoria Master 50+. Os resultados da Paracanoagem Oceânica, todavia, ainda não foram divulgados pela ICF até esta segunda-feira (20).
Com mais de 200 atletas de diferentes continentes, o Mundial de Durban reforçou o crescimento da canoagem oceânica e o protagonismo de países como Austrália, França, Portugal e África do Sul — esta última reafirmando seu status como potência do surfski mundial.
Resultados oficiais – AQUI.