O nadador croata Vitomir Maričić acaba de entrar para o Guinness Book ao permanecer impressionantes 29 minutos e 3 segundos submerso sem respirar. O recorde mundial foi estabelecido durante prova realizada no dia 14 de junho, e homologado oficialmente pelo Guinness World Records.

Maričić superou com folga a antiga marca de 24 minutos e 33 segundos, obtida em 2021 por outro croata, Budimir Šobat. Vale destacar que essa modalidade, conhecida como apneia estática, exige que o competidor retenha o ar enquanto permanece completamente imóvel debaixo d’água, lutando não apenas contra os próprios limites físicos, mas também psicológicos.

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Apesar de, para esse tipo de recorde, os atletas poderem respirar oxigênio puro antes da performance — o que ajuda a aumentar consideravelmente a duração do tempo sem respirar — a façanha ainda é extremamente difícil. Mesmo com o auxílio do O₂, as reações do corpo à privação de oxigênio são severas: a frequência cardíaca despenca, o acúmulo de dióxido de carbono aumenta rapidamente e o controle mental passa a ser determinante para resistir ao impulso de respirar.

Em suas redes sociais, Maričić relatou que a chave do sucesso está em entrar em completo relaxamento e administrar a ansiedade diante do esforço extremo. Para alcançar esse nível, o atleta dedicou anos a treinamentos rigorosos, incluindo técnicas avançadas de respiração e simulações sob condições controladas, sempre com o objetivo de reduzir ao máximo o consumo de oxigênio durante a apneia.

A tradição do recorde em apneia estática com oxigênio puro já teve o Brasil como destaque internacional. Em 2010, o brasileiro Ricardo Bahia chegou ao topo da modalidade, sendo, na época, o homem que permaneceu mais tempo submerso sem respirar. Desde então, os tempos foram sendo superados, mas o nível de exigência, controle corporal e preparação psicológica continua surpreendendo até mesmo atletas de elite.

O feito de Vitomir Maričić, mais do que um número, é uma conquista de autodomínio, foco mental e resistência física, colocando novamente em evidência o fascinante universo dos limites humanos quando corpo e mente trabalham juntos.

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