Lei polinésio: o colar que é um símbolo vivo de uma tradição milenar
Símbolo de uma cultura milenar, o lei, no Brasil conhecido como “colar havaiano”, é uma das formas mais ... leia mais
O filme que retrata um capítulo determinante na vida de um dos pintores mais influentes de todos os tempos está em cartaz nas salas de cinema brasileira desde a última semana de agosto.
“Gauguin — Viagem ao Taiti” retrata um período importante da vida do pintor francês Paul Gauguin, que em 1891, desiludido com os rumos que a arte vinha tomando na Europa, deixou o continente para viver na exótica e selvagem Polinésia Francesa, onde acreditava ser possível reencontrar a essência de sua pintura de uma forma livre.
O mestre do pós-impressionismo, que assim como seu grande amigo, Van Gogh, só teria o devido reconhecimento após a sua morte, teve grandes dificuldades para viver do seu trabalho e não teve vida fácil no Taiti, onde enfrentou doenças, solidão e precisou trabalhar como estivador para sobreviver (a ironia é que hoje suas obras estão entre as mais caras do mundo. Em 2015, um de seus quadros foi vendido por R$ 830 milhões).
Por outro lado, foi lá que encontrou sua segunda mulher e musa inspiradora, Teha’amana, que o levaria a pintar alguns dos quadros mais notáveis de sua carreira.
Dirigido por Edouard Deluc, o filme explora o paralelo entre a angústia que tomava Gauguin na luta por conseguir condições mínimas de trabalho, com o olhar deslumbrado para o que lhe parecia uma sociedade mais integrada à natureza e conectada apenas às necessidades básicas da vida.
Toda exuberância do Taiti, somada à vibrante cultura polinésia sendo, aos poucos, ofuscada pela influência do colonialismo e à visceral interpretação de Vincent Cassel, no papel de Gauguin, imprimem ao filme grande intensidade e têm tudo para agradar tanto aos admiradores da sétima arte, quanto aos da cultura polinésia.
Se você gosta dos dois, “Gauguin — Viagem ao Taiti” é, sem dúvida, uma grande pedida.