
Paddle Sports | Guia para os grandes eventos de fim de ano
Preparamos um guia para você ficar por dentro de todos os grandes eventos que irão rolar nesse final de ... leia mais
Competição de SUP realizada em Portugal pela FPS: entidade nacional de surfe, que é a única legalmente reconhecida como representante do SUP em Portugal, que é ligada à ISA, afirma nunca ter sido contactada pela ICF e não reconhece a legitimidade do Mundial marcado para o final de agosto em Viana do Castelo. Foto: Reprodução.
“O TAD decretou, a pedido da Federação Portuguesa de Surf (FPS), providência cautelar contra Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), intimando-a a abster-se de organizar, de colaborar ou dar apoio ao 2018 ICF Stand Up Paddling World Championship, primeiro campeonato mundial de SUP race sob a chancela da ICF (International Canoe Federation), que está marcado para rolar de 30 de agosto a 02 de setembro, em Viana do Castelo e Esposende, em Portugal.
ICF TEM CINCO DIAS PARA CONTESTAR
O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, disse à agência Lusa ter recebido a notificação na terça-feira e que tem cinco dias para a contestar: “Estamos analisando o próximo passo com o nosso advogado e os da Federação Internacional de Canoagem (ICF), que está tratando desta questão na Suíça, no Tribunal Arbitral de Desporto (TAS) internacional.”
Em sua defesa, a ICF alega que já apoia o SUP desde o seu início, em 2008, mas que só em 2016 decidiu formalizar essa ligação, passando a pleitear a tutela do stand up paddle, que está entre os esportes que mais crescem em todo mundo.
Para o presidente da FPS, João Aranha (foto), esse episódio será um marco fundamental na disputa internacional que ocorre entre ISA e ICF. Foto: Reprodução.
Para João Aranha, presidente da FPS, reconhece que a decisão é passível de recurso, mas sem efeitos suspensivos. Aranha acredita que esse episódio será um marco fundamental na disputa internacional sobre a modalidade que ocorre entre ISA e ICF (entenda o caso AQUI).
“Reconhecendo a competência exclusiva da FPS para a organização e homologação de provas de SUP em Portugal, o TAD confirmou que os mundiais carecem de parecer prévio e vinculativo da FPS para poderem ser organizados legalmente. Uma vez que este parecer não foi requerido e, sendo-o, será fundamentadamente rejeitado pela FPS, conclui-se que a realização do ICF Stand Up Paddling World Championships é ilegal à luz da lei portuguesa”, anunciou em comunicado a FPS.
Consequentemente, o TAD determinou a impossibilidade de elementos ligados à federação de canoagem estarem de alguma forma associados ao evento, que assim também não pode beneficiar de apoios públicos concedidos pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) ou câmaras municipais de Esposende e Viana do Castelo.
“Esta decisão vai ter seguramente impacto no debate internacional levantado pela ICF que opõe o surfe, modalidade que tradicionalmente fez nascer e crescer o SUP, à canoagem. Vai, ainda, afirmar Portugal como um estado de direito, confirmando a tutela exclusiva da FPS tal como reconhecida pelas instituições competentes, rejeitando a organização de um evento fora dos termos legais aplicáveis”, acrescentou a equipo de advogados que defende os interesses do surfe português por meio de comunicado oficial.