
Sul-Americano de va’a chega ao fim com resultado histórico para o Brasil
Remadores brasileiros dão show nas águas de Cabo Frio e dominam quadro de medalhas do Sul-Americano de ... leia mais
Se você tá chegando agora no mundo da canoa polinésia, parabéns! Você não entrou só num esporte, entrou numa tribo com séculos de história, cultura e um jeito único de viver em comunidade, aquela tal de Ohana, que significa família. E não é só papo bonito não, é sentir que o clube é sua segunda casa, que cada treino é um passo pra crescer como pessoa, e que aqui ninguém fica pra trás — nem o novato, nem o mala, nem quem acordou de mal humor.
Por isso, o espírito de equipe não é só remar e curtir a vibe. Tem regra, tem respeito. Chegar no horário não é frescura, é obrigação. E ajudar a montar e desmontar a canoa não é “extra” nem opcional, mas parte do ritual, do respeito com a galera e com a canoa.
E falando em ajudar, ficar no celular tirando foto do nascer do sol enquanto a galera tá na correria pra montar a canoa, amarrar o iako e checar o equipamento? Vacilo total! Aqui, todo mundo tem que colocar a mão na massa pra garantir que tá tudo 100% seguro pra encarar o mar.
Na hora de montar as equipes, parece que a vaidade impera. Mal aprendeu a remar e já quer banco cativo do lado dos mais fortes, ou chega com papo de “quero remar com fulano”. Isso é ego inflado tentando aparecer, e sinal claro de falta de espírito de equipe. Aqui não tem espaço pra estrela solitária, o lance é remar junto, sem frescura e sem mimimi.
Treino é treino: vai ter iniciante vacilando, vento puxando a canoa pra trás, mar bravo pra testar nossos limites. Mas reclamar só puxa a energia pra baixo. Treino é pra botar muita fé, força e ajudar o parceiro a se superar. Afinal, ninguém acorda às 4h30 da manhã pra remar mal (frase do meu instrutor Vitor Souza que repito diariamente).
E quando o treino acabar, sumir pra não desmontar a canoa? Nem pensar. Se todo mundo ajudar, rapidinho o equipamento de 150 kg tá guardado e limpinho. Agora, se uns saem correndo, o peso fica todo pra poucos — e ninguém quer esse fardo sozinho, muito menos isso é espírito de equipe.
Porque dentro do clube você não é uma estrela solitária. Você não entra num clube de canoa polinésia pra remar sozinho ou só pra fazer figuração. Tem que remar junto, ajudar o parceiro, dar força quando alguém vacilar e vestir a camisa do clube como uma armadura. Porque o que importa é o espírito de equipe — e o clima saudável e equilibrado é feito por cada um de nós.
E pra fechar: se você escolheu seu clube, saiba que você faz parte de algo maior: um grupo que te acolhe, respira junto, se apoia nas horas boas e ruins. A canoa só desliza se todo mundo remar no mesmo ritmo, com coração, compromisso, responsabilidade e aquele espírito verdadeiro de equipe.
Resumo da ópera: chegue no horário, deixe a reclamação de lado, levante a mão pra ajudar, entre de cabeça no espírito de equipe e, principalmente, tenha orgulho do clube que escolheu pra chamar de lar.
Porque na Va’a, a gente não só rema… a gente vive junto.