Teste de Lactato: indicações e benefícios para o treinamento

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Lactato
Por meio dos testes de lactato é possível monitorar, controlar e melhorar o potencial do atleta, tornando os treinos mais eficientes. Foto: Artem Podrez / Pexels

Olá, Amigos do Aloha! A temporada está de vento em popa e se você gostaria de turbinar seu desempenho, trago aqui uma dica importante: você já ouviu falar no teste de lactato? Trata-se de um exame de sangue que mede a quantidade de ácido lático no sangue durante o exercício. Por meio da coleta de pequenas amostras de sangue, você pode identificar o limiar de lactato do indivíduo, que é o ponto em que os músculos começam a fadigar. 

Segundo Maglischo (1983), quando o lactato produzido no exercício se acumula em excesso no sangue ocorre a acidose, um processo que acarreta na sensação de queimação dos músculos, deixando os movimentos mais lentos, menos potentes e mais dolorosos.

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O limiar de lactato está relacionado à intensidade do exercício. Conhecer este limiar é importante para traçar os ritmos de treinamento e até mesmo o tempo de recuperação, minimizando os riscos de ultrapassá-los. 

Quando ocorre um aumento súbito no volume ou na intensidade de treinamento, consequentemente elevando os níveis de lactato, aumentando a tolerância ao mesmo e à dor, é preciso muito cuidado para que não haja overtraining – uma fadiga crônica (dor persistente) que pode levar a perda da qualidade técnica, consequentemente a queda no desempenho.

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Samir Barel vê o Teste de Lactato como muito importante para impulsionar evolução do atleta e evitar o overtraining. Foto: Arquivop pessoal

Portanto, por meio dos testes de lactato é possível monitorar, controlar e melhorar o potencial do atleta, tornando os treinos mais eficientes.

À medida que buscamos esforço, o lactato se concentra cada vez mais no sangue, produzindo dores que inicia com pouca intensidade, podendo chegar a níveis intoleráveis. Os nadadores que têm uma maior capacidade em suportar as dores da acidose são capazes de produzir mais lactato, utilizando a glicólise anaeróbica por mais tempo e conseqüentemente mantendo sua velocidade perto da máxima por muito mais tempo (uma característica importante para atletas velocistas).

Ainda conforme descrito por Maglischo (1999), existem três maneiras de o atleta retardar os efeitos do acúmulo do lactato. A primeira reduzindo a proporção do acúmulo do lactato, a segunda aumentando a sua taxa de eliminação nos músculos e a terceira através do aumento de tolerância ao acúmulo de lactato. Cabe ao treinador compreender as necessidades e os resultados dos testes de cada atleta, elaborando um treinamento condizente.

Espero que com essas informações você possa melhorar seus treinamentos e quem sabe evolua mais rapidamente, atingindo suas metas e objetivos.

Nos vemos em breve!

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