Fala, moçada! Hoje queria falar com vocês sobre a navegação, um fundamento essencial no que diz respeito à adaptação e transição de natação em piscina para águas abertas.

O erro mais comum dos atletas é tirar muito o tronco da água. A ansiedade e o medo de não conseguir enxergar a boia ou o percurso faz com que o atleta saia da posição de streamline, que é a posição ideal para o corpo durante o nado (pernas e braços estendidos, corpo na linha da água e cabeça entre os braços, reduzindo o arrasto), afundando demais o quadril, comprometendo totalmente a hidrodinâmica do nado.

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O desalinhamento do atleta, além de acarretar num risco maior de lesão, especialmente na coluna, torna o nado mais lento, prejudicando o rendimento. Lembre-se do jacaré, basta tirar um pouco os olhos da água, pode deixar o nariz dentro da água, e observar o que está a sua frente, marcando um ponto de referência, pode ser uma casa no morro, um farol, uma ilha.

Uma dica legal é: melhor olhar baixinho mais vezes do que olhar alto um vez só. Quando a gente pensa em eficiência do nado, certamente manter o alinhamento do corpo durante a execução do nado por mais tempo garante menos resistência (atrito) e poupa mais energia. Outro ponto, imagina que você está nadando em lugar com corrente lateral. Se você demora mais para olhar para onde está indo, seu ponto de referência já não será mais o mesmo e a chance de dar aquela barrigada é maior. O ideal é fazer uma navegação a cada 6 ou 8 braçadas.

Um exercício que pode ajudar na adaptação é a respiração 4×4, alternando quatro braçadas com a cabeça dentro da água e quatro braçadas com a cabeça fora. Quando estiver se sentindo mais confiante, encaixe a respiração alternada, 3×1, 5×1. Invista na respiração bilateral e fronto lateral. Isso evita sobrecarga em apenas um dos lados do corpo e também torna o nado mais eficaz, exercitando a rotação do pescoço.

Bom, espero mais uma vez ter ajudado vocês. Voltamos em breve! Abraços!

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