Alerta aos remadores: Gripe Aviária H5N1 detectada em aves marinhas no Brasil
Até o momento, o vírus da gripe aviária H5N1 foi detectado em aves silvestres em quatro estados brasileiros
A remadora indígena Nanda Baniwa, que viajava para o Havaí para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Va’a, fez graves acusações contra as autoridades alfandegárias dos Estados Unidos. Em um desabafo publicado em seu perfil no Instagram, Baniwa denunciou o racismo e a discriminação que enfrentou no aeroporto, onde seu cocar foi apreendido pelas autoridades.
Na postagem, Baniwa expressa a dor e a indignação causadas pela apreensão de seu cocar, um item de grande significado pessoal e cultural. “Vou fazer um desabafo do que ocorreu ontem. Pra quem não sabe, eu estou fazendo uma viagem para o Havaí onde disputarei o Mundial de Va’a e sou a única indígena da delegação”, inicia a atleta.
Ela relata que a apreensão do cocar não foi apenas uma perda material, mas um ataque à sua identidade e cultura. “Já é ruim lidar com o racismo, e ainda sofrer essa discriminação sem poder fazer nada e só deixar acontecer é uma dor horrível. Saber que se eu tentar confrontar para defender os meus direitos e minha identidade posso ser presa”, desabafa.
Nanda destaca que a situação se agravou após enfrentar um tratamento rude e desrespeitoso durante a imigração. “Meu cocar é meu grande aliado nas minhas lutas, faz parte de mim, e desde a origem de tudo nos pertence, e é assim para todos os povos originários. Parecia até que tínhamos drogas na mala e a todo momento estávamos reagindo de maneira mais pacífica, mas do outro lado era o oposto.”
A atleta revela que foi questionada sobre documentos que comprovassem sua identidade indígena e critica a necessidade de provar quem ela é. “Se eu tinha documentos que comprovassem que eu sou indígena? Sim, eu tinha. E mesmo assim ainda acho uma sacanagem total precisar ficar provando que eu sou quem sou”, lamenta.
Além disso, Baniwa expressou incredulidade em relação às justificativas das autoridades para a apreensão, que alegaram que o cocar poderia estar associado à matança de animais para a preservação ambiental. Ela questiona a eficácia e a moralidade dessa abordagem, considerando o histórico dos EUA em relação ao racismo e à degradação ambiental.
O incidente gerou uma onda de apoio e solidariedade em suas redes sociais, com muitos defendendo a importância da preservação e respeito pelas culturas indígenas, além de cobrar um posicionamento da CBVA’A e da Embaixada do Brasil.