Ele remará do Oiapoque ao Chuí em expedição épica pela costa brasileira
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Após 126 dias remando em mar aberto, o estadunidense Tez Steinberg, 36 anos chegou à costa de Queensland, Austrália, completando uma travessia solitária de 5.000 milhas pelo Oceano Pacífico. A jornada, que teve início em Honolulu, Havaí, era esperada para durar até seis meses, mas Steinberg concluiu o desafio dentro da estimativa mais otimista calculada para sua viagem auto-sustentável.
Ao concluir do desafio, o remador disse que sua principal motivação foi a necessidade de conscientizar a população sobre a poluição dos oceanos. Ele conta que após concluir sua primeira travessia oceânica, em 2020, quando partiu da Califórnia para o Havaí, concluída em apenas 71 dias, assumiu a missão de conscientizar sobre o problema do plástico.
Durante os preparativos para o novo desafio, Steinberg enfrentou uma emergência ao sofrer um ataque cardíaco que o levou a ser hospitalizado às pressas. Essa situação lançou uma sombra de dúvida sobre a viabilidade do projeto, no entanto, sua obstinação em cumprir a missão de alertar o mundo sobre o problema do plástico falou mais alto.
“Eu não podia esquecer todo o plástico que vi no mar“, disse ele sobre a jornada em 2020. “Era um ambiente tão idílico, mas cheio de lixo de todo o mundo. Os oceanos estão em um ponto de virada. Havia tanto plástico, era de partir o coração. Nunca vamos conseguir limpar os microplásticos do meio do oceano. Temos que impedir que cheguem lá em primeiro lugar. Haverá mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050, a menos que ajamos agora. Soluções eficazes e de baixo custo existem. Só precisamos escalá-las para as regiões mais poluidoras de plástico.“
A travessia solitária de Steinberg do Havaí para a Austrália foi chamada de United World Challenge (Desafio Mundial Unido), que é uma campanha global de financiamento coletivo que investe em projetos de infraestrutura que impedem o fluxo de plásticos para o oceano. O remador compartilhou alguns pensamentos marcantes que colocaram a missão geral em perspectiva.
“Sabemos sobre o plástico nos oceanos, mas agimos como se não pudéssemos fazer nada sobre isso“, declarou. “Então, remando pelo oceano – fazendo algo que parece impossível, especialmente depois de ter um ataque cardíaco como eu tive há um ano e meio – mostra que você pode fazer muito mais do que pensa, o que é uma realização importante, especialmente em relação ao plástico nos oceanos.”