Sai a primeira pesquisa sobre os impactos da COVID-19 na Indústria de Esporte e Fitness
1ª pesquisa realizada pela Associação da Indústria de Esporte e Fitness (SFIA) indica que o COVID-19 ... leia mais
O Pan-Americano de Canoagem Polinésia encerrado no último sábado (26), no Chile, evidenciou o espantoso crescimento do va’a brasileiro, tanto em desempenho de nossos remadores, quanto no tamanho da delegação, muito maior do que as demais delegações.
Não por acaso, o Brasil encerrou o evento com a conquista de impressionantes 49 medalhas, quase três vezes mais do que Rapa Nui, vice-campeã do Pan, com um total de 19 medalhas. Números robustos que refletem a força da canoagem polinésia, que chegou em nosso país há pouco mais de 20 anos.
No último levantamento, feito em 2020 pela agência de marketing esportivo Ecooutdoor Sports Business, havia 230 clubes brasileiros de va’a regularizados, muitos dos quais com mais de uma base operando em diferentes praias e represas. Passados dois anos, estima-se que cerca de 100 novos clubes foram criados desde então.
Esse crescimento exponencial trouxe impactos significativos ao jovem ao mercado nacional de canoas, que sofre para dar conta da demanda. O resultado? Pessoas esperando até dois anos para conseguir uma canoa nova. Contudo, algumas empresas já estão conseguindo contornar esse gargalo e os clientes agradecem.
No início de novembro, a G-Shape anunciou a ampliação de sua fábrica aumentando sua capacidade de produção. A empresa é uma das principais fabricantes de modelos V1 do país.
Com os novos investimentos estruturais, a G-Shape irá reduzir o prazo de entrega de uma canoa nova para apenas dois meses. Além disso, após lançar um modelo de OC-2, a G-Shape anunciou mais dois lançamentos: uma nova OC-1 e sua primeira V6.
Na terça-feira (29), dois dos maiores fabricantes brasileiros, Passaúna Composites e Evolution Canoe, anunciaram uma joint venture. Pelo acordo, a Passaúna Composites, que fabrica as canoas Mirage no Brasil, obteve o licenciamento para fabricar também os projetos assinados por Diego Vale, designer e fundador da Evolution.
O anuncio foi feito por ambas as empresas através de suas redes sociais. Segundo Diego Vale, a parceria tem como objetivo desafogar o imenso gargalo enfrentado pela Evolution, que, em suas palavras, tem uma capacidade máxima de produção de 15 canoas por mês e está com uma fila de espera de 500 pedidos.
Dessa forma, a Passaúna Composites, atualmente uma das mais bem estruturadas fábricas de canoas do Brasil, passará a produzir também modelos da Evolution, com a promessa de reduzir drasticamente esse longo prazo de entrega.
Outro importante fabricante nacional, especializado em modelos taitianos, a Oviri Va’a, anunciou novos investimentos da tecnologia de infusão à vácuo, modernizando e agilizando a produção de suas canoas, enquanto a Gênesis, já consolidada no mercado de canoas V3, tem investido em estudos e protótipos produzidos através da revolucionária tecnologia de impressão 3D na busca de otimizar ainda mais sua linha de produção.
E assim os fabricantes nacionais vão, aos poucos, fazendo frente à impressionante demanda por canoas polinésias no Brasil.