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91 dias após partir de caiaque transoceânico de Monterey Bay, Califórnia (EUA), o francês Cyril Derreumaux concluiu sua travessia de inédita de mais de 4.000 quilômetros, solo, pelo oceano pacífico, alcançando a costa do Havaí na última terça-feira (20).
A travessia, inicialmente estimada 70 dias, levou exatos 91 dias e 9 horas. Partindo em 21 de junho de Monterey Bay, Califórnia, em um caiaque transoceânico de 7 metros de comprimento, Cyril Derreumaux finalmente desembarcou no porto de Hilo, na Ilha Grande, Havaí.
Em Hilo, Cyril Derreumaux foi recebido por familiares e muitos amigos que fizeram uma grande festa para receber o remador, que ficou visivelmente emocionado ao pisar em terra firme após 91 dias no mar.
Foi uma jornada extenuante. Cyril perdeu 9 quilos, deixou a barba crescer, mas não perdeu o entusiasmo: “Foi uma aventura magnífica, claramente também uma jornada espiritual”, declarou após sua chegada.
“Eu realmente não conseguia explicar por que resolvi fazer esse desafio, mas finalmente encontrei todas as respostas para minhas perguntas sobre a água”, revelou.
A aventura de atravessar o Pacífico remando foi fruto de anos de trabalho duro e alguns percalços. Definitivamente não foi uma jornada fácil, o que a torna ainda mais bonita.
O remador francês trabalhou no projeto durante três anos. Em 2020, quando estava prestes a dar início à travessia, a pandemia de Covid o forçou a adiar seus planos. Então, em 2021, sua primeira tentativa foi interrompida após seis dias, após sua embarcação sofrer uma série de avarias devido ao mau tempo no mar.
Em sua segunda tentativa, atrasado por alguns problemas técnicos – felizmente resolvidos – na primeira parte da viagem, Cyril Derreumaux teve que negociar com a escassez de recursos, como água e comida, para completar a travessia. Ele também mudou parcialmente sua rota, terminando em Hilo, o ponto mais oriental do Havaí, em vez da capital do estado, Honolulu.
Essa travessia a remo, solo, foi completada apenas duas vezes antes – primeiro por Ed Gillet em 1987, que teve o auxílio de uma vela em seu caiaque, e depois por Antonio de la Rosa, a bordo de um SUP transoceânico, em 2019.