Programação do Aloha Spirit Brasília
Confira a programação do maior evento de esportes aquáticos da América Latina, que tem início nessa sexta ... leia mais
Olá amigos do Aloha Spirit! Hoje vamos falar sobre os tipos de braçada mais utilizados na maratona aquática, em que momento você deve aplicá-las e como você pode melhorar sua performance adequando sua técnica às condições adversas da natureza.
A primeira coisa que o atleta precisa saber é que a braçada tem duas fases: submersa e aérea. Vamos falar primeiro sobre a fase submersa. Uma dúvida muito frequente entre os alunos é: braço reto ou dobrado? Quanto mais dobrado o cotovelo estiver na fase submersa, mais propulsão o atleta ganha. Aliás, quanto mais próximo de 90 graus melhor. Lembrando sempre de manter o dedo polegar na linha mediana do corpo, se o braço passar dessa linha ou ficar aberto demais, o nadador perde eficiência.
O braço reto na fase submersa não é errado, porém é uma técnica mais utilizada por nadadores velocistas. Com o cotovelo mais estendido, semi-flexionado na verdade, o atleta puxa mais água e ganha potência. Mas sustentar esse movimento por muito tempo, o que não é o caso das provas rápidas, gera um desgaste maior dos braços, aumentando o risco de lesões.
Já a fase aérea da braçada é importante por dois motivos. Primeiro porque é o momento em que o nadador descansa, por isso também chamamos de fase de recuperação. Segundo, se não existe um bom encaixe quando a mão entra na água, movimento que chamamos de agarre, o nadador perde o apoio e isso interfere diretamente na finalização. O atleta perde tração e não desloca tanto.
Além disso, quando o nadador entende quais são as condições naturais que ele está enfrentando, a braçada certa faz toda diferença no resultado da prova. Se o mar estiver muito mexido, com certeza é melhor que você faça uma braçada mais alta e reta para não quebrar o braço nas ondas. Essa amplitude de movimento, faz com que o nadador encaixe melhor o braço lá na frente e, consequentemente, finalize a braçada com mais eficiência.
Quando se está nadando contra a corrente, o ideal é que o atleta tire um pouco o apoio da braçada e aumente a frequência para não sofrer tanto desgaste físico. Quando a prova tiver correnteza a favor, o atleta pode controlar melhor a aplicação de força uma vez que a própria corrente favorece o seu deslocamento. Portanto, recomendo nadar mais alongado, poupando energia para momentos estratégicos como ultrapassagens ou sprint final.
Já vi muitos casos em que os treinadores indicam a braçada reta na fase aérea principalmente quando o nadador está utilizando o neoprene. Como a roupa de borracha com manga comprida limita a rotação do ombro, nadar com o braço mais reto realmente é mais confortável. Porém, acredito que quando se nada muito tempo nessa posição, isso gera uma sobrecarga desnecessária no ombro devido a ação natural da gravidade. Por isso, quando você faz uma leve flexão do cotovelo, isso já alivia essa alavanca do ombro, deixando o atleta mais relaxado.
Espero mais uma vez ter ajudado vocês. Bons treinos e nos vemos em breve!