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Pela primeira vez, Ilhéus sedia campeonato de apneia. Era pedra cantada e assim como previsto, o advento inédito de uma piscina indoor climatizada e toda infraestrutura e conforto oferecidos pelo condomínio Cidadelle confirmou a expectativa de novos recordes no Bahia Open AIDA de Apneia Indoor, realizado em julho deste ano, na cidade de Ilhéus/BA.
“O fator temperatura foi determinante, ainda mais nessa época do ano, pois o atleta sente-se mais confortável física e mentalmente e com isso fica mais fácil alcançarmos novas marcas”, afirmou Adriano Lessa, novo detentor do recorde baiano de apneia estática, com 5’28” realizado durante a competição.
O evento, sob a chancela da AIDA Brasil, que tem por presidente a 8 vezes recordista mundial de apneia, Karol Meyer, foi desenvolvido pela Associação Baiana de Apneia e Pesca Subaquática em Defesa do Meio Ambiente – ABAPS, com apoio da Apneia Z e contou com a presença de um dos maiores apneistas do país, que pela terceira vez consecutiva participou de mais um evento ABAPS, o atleta de alto rendimento da Marinha do Brasil e também recordista mundial de apneia estática com O2 puro pelo Guinness Book, Ricardo Bahia.
“Grandes atletas como Ricardo Bahia sempre trazem prestígio ao evento, mas também aumentam em muito a nossa responsabilidade como árbitro, especialmente quando tive que invalidar uma de suas performances”, comentou Alan Nunes, juiz do evento.
A ordem do protocolo de superfície após o fim da performance da apneia dinâmica de Ricardo Bahia não foi cumprida corretamente por ele, o que lhe gerou o cartão vermelho aplicado por Alan, invalidando sua pontuação e inclusive o que seria o novo recorde nacional de apneia dinâmica, com 158 mts.
“Fiquei frustrado por um lado, por não ter homologado o novo recorde, mas feliz por ter me superado”, desabafou Ricardo.
“Além da água aquecida, um outro fator determinante para um bom desempenho dos atletas em suas performances foi a segurança que a organização do evento promoveu e vem promovendo desde que participo das competições da ABAPS. Ser assistido pelo resgatista aquático, Silvoney Silva, por exemplo, que é um dos melhores e mais rápidos que já vi em ação e que vem participando de todas as edições de competições de apneia pela ABAPS é só mais um exemplo de conforto emocional que precisamos para desenvolvermos nossas performances com mais tranquilidade”, enfatizou Ricardo Bahia.
Além dos resgatistas aquáticos que faziam parte da equipe comandada por Silvoney, a competição contou com os guerreiros do 5° Grupamento de Bombeiros Militares da Bahia, cujo honrado compromisso permanente para com a realização de ações voltadas para a construção do bem-estar social, no intuito de beneficiar a sociedade se fez valer com tão precioso apoio não só ao fomento de uma modalidade esportiva que só cresce no país, mas também ao interesse de todos pela qualidade de vida através da prática de atividades físicas saudáveis.
“Eu já havia competido em 2016, também pela ABAPS, onde por um acaso fui campeão e a partir daí tomei gosto e procurei me aprofundar no assunto. Então, foi num curso em 2017 com o instrutor de apneia, Ricardo Bahia, promovido pela ABAPS, que meus olhos, mente e coração se abriram para a apneia em definitivo”, afirmou Rodrigo Macedo, hoje, tetra campeão baiano de apneia.
Rodrigo conquistou mais esse tempo após vencer o disputadíssimo Bahia Open AIDA de Apneia Indoor, fazendo inclusive a dobradinha, conquistando além do título estadual, o open de apneia, onde concorreu contra ninguém menos que o seu professor, Ricardo Bahia.
“Foi mais fácil recuperar o fôlego após as provas, do que após a comemoração de mais esse título. Acontece que nas competições promovidas pela ABAPS, temos visto cada vez mais o número de grandes apneistas tanto baianos, quanto de todo o Brasil crescendo e ver essa onda positiva que vem tomando proporções que apenas em sonho eu vislumbrava é algo animador, promissor e revigorante, o que só nos anima a nos empenharmos ainda mais com os treinos”, revelou Rodrigo.
“Se não faltavam motivos de orgulho por vermos a apneia esportiva nacional tomando novos rumos e ganhando novos adeptos numa proporção sem igual, agora podemos comemorar o aporte feminino em peso nas competições”, disse Ivan Brito, presidente da ABAPS, em alusão a participação da paranaense recordista Sul-Americana de apneia, Carolina Schrappe, na competição.
Contudo, para surpresa de todos e até da própria atleta, a competição na categoria feminina foi vencida por mais uma estreante, cujo dom estava escondido inclusive dela mesma, Verônica Souza, a mais nova campeã estadual e também open de apneia indoor.
“Eu pratico a apneia há apenas dois meses e esse resultado só prova que nunca é tarde para começarmos, seja lá o que for nessa vida”, relatou a professora universitária, Verônica, de 46 anos de idade, que também disse que além de surpresa com o resultado, estava muito nervosa antes da competição.
“Eu não conhecia a apneia. Não fazia ideia que existia esse tipo de competição. É um mundo completamente novo para mim, mas que estou adorando e graças ao incentivo e apoio da minha equipe, consegui a confiança para seguir em frente”, confessou Verônica.
A atleta paulista, Larissa Coelho, também quebrou mais um recorde na competição, levando para o seu estado a marca de 82 metros na apneia dinâmica com nadadeiras bi-palma. Kall Moreira carimbou outros dois recordes, sagrando-se a primeira baiana a conseguir tal resultado. Ela emplacou 3’35” na estática e 65 metros na dinâmica. As marcas de Verônica bateram as de Kall Moreira, porém foram performances com penalizações com cartões amarelos, o que impediram as validações dos recordes, conforme regulamentado.
Rodrigo Macedo além do título da competição, também levou para casa o recorde paulista de apneia dinâmica, com 125 metros. Pelo regulamento, atletas de outros estados que sejam residentes na Bahia também podem concorrer ao título estadual, como no caso do paulista de nascimento, Rodrigo Macedo, mas baiano de adoção, residente na Bahia desde os seus dois anos de idade, hoje com 48 anos.
A propósito, a média de idade entre os competidores foi de 42 anos, sendo que o mais novo tinha 27 e o mais velho, 53 anos. Quem também cravou uma nova marca no quadro de recordes estaduais foi o atleta revelação, o mineiro Sebastião Almeida, com 50 metros na apneia dinâmica. Carolina Schrappe foi mais uma atleta a também homologar recorde. A paranaense estabeleceu a marca de 75 metros na apneia dinâmica.
Agora se tem uma marca que podemos destacar é a da superação. Não foi recorde, mas foi uma lição de vida e tanto que dois atletas em particular nos deixaram. Gustavo Suzart, um dos cinquentões do evento, igualou o recorde de Adriano Lessa na apneia dinâmica mesmo tendo o seu pulmão comprometido pelo Covid (hoje recuperado) poucos meses antes da competição e o outro foi Jesus Santos, que não bateu e nem igualou recordes, mas pode saborear uma dobradinha daquele jeito, ficando em segundo lugar no pódio tanto no open, quanto no estadual, mesmo tendo ouvido do seu médico que até sem andar ele poderia ficar pelos próximos meses, após um grave atropelamento que sofreu enquanto praticava ciclismo a poucos meses antes da competição.
Para ambos, a resposta foi uma só por terem se recuperado tão rapidamente: “A prática de esportes, e os treinos de apneia que me ajudaram na recuperação”, afirmaram unânimes.
Não é à toa que se diz que o esporte é vida!
Realizador do Evento:
ABAPS – Associação Baiana de Apneia e Pesca Subaquática em Defesa do Meio Ambiente.
Arbitragem:
Árbitros AIDA Brasil Freediving.
Equipe de Safety Freedivers e Resgates Aquáticos:
Silvoney Santos G.V e 5 º Grupamento de Bombeiros Militares do Estado da Bahia.
Fonte: Assessoria ABAPS