Com os pés em um novo ano, é tempo de renovação
Na primeira coluna de 2021, Letícia Parada fala sobre o poder de renovação do mar e a energia da natureza ... leia mais
Mundialmente existem duas associações que registram recordes e promovem campeonatos dentro do mergulho livre.
A CMAS Internacional (Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas) seria a mais antiga e tradicional, fundada em 1958, seguida pela AIDA Internacional (Associação Internacional para o Desenvolvimento da Apneia) fundada em 1992 que, apesar de ser mais nova, detém o mérito em dedicar-se exclusivamente às práticas em apenia.
Ambas são totalmente independentes uma da outra, porém, cada uma tem seu papel fundamental dentro da construção histórica e técnica da atividade.
Tendo a AIDA como referência, podemos citar as modalidades reconhecidas organizando-as em cinco maneiras diferentes de buscar performances e recordes, sendo normalmente duas feitas em águas confinadas (piscinas) e três realizadas em águas abertas (mar).
1 – Iniciando pela tradicional Apneia Estática (STA) onde o atleta permanece flutuando em decúbito ventral na superfície d’água.
Isto parece muito tranquilo à primeira vista, mas saibam que os recordes mundiais hoje já ultrapassam os 11 minutos nesta categoria.
2 – Na sequência, temos a modalidade Dinâmica, na qual buscamos distâncias horizontais de três maneiras distintas: a Dinâmica com Nadadeiras (DYN), feita em monopalma, Dinâmica com Bipalmas (DYNB) e Dinâmica Sem Nadadeiras (DNF), apenas com o uso da força e técnica natural de braçadas e pernadas.
3 – Partindo para a busca por profundidade iniciamos pelo Lastro Constante, no qual o mergulhador desce e sobe carregando o mesmo peso desde o início até o final da prova.
Ela também se divide em 3 categorias, Lastro Constante (CWT), subentendendo-se que esta é feita com nadadeira de pala única, Lastro constante com Bipalmas (CWTB) e Lastro Constante sem Nadadeiras (CNF).
4 – Seguimos então para o Lastro Variável (VWT), no qual o apneista desce sendo puxado de forma mecânica por um peso, que desliza pelo cabo guia, e é deixado no fundo enquanto o atleta sobe de forma autônoma utilizando-se de nadadeiras.
5 – Em uma modalidade similar ao CNF, chegamos a Imersão Livre (FIM), onde a diferença entre elas é que nesta, o mergulhador se utiliza apenas do cabo para subir e descer, enquanto na primeira ele deve se movimentar com o uso dos braços e pernas como em uma natação, porém na posição vertical.
Fora desta lista ainda temos uma modalidade que, apesar de ter as marcas reconhecidas, hoje não é promovida pelas homologadoras por se tratar de uma prática extrema.
Denominada No Limits (NLT), nela o apneista desce se valendo do uso de um lastro assim como no VWT, porém, utiliza um outro sistema mecânico para lhe trazer de volta a superfície, o que permite levar o atleta a profundidades muito além dos limites humanos.
Hoje os recordes reconhecidos em NLT são de -170m da norte americana Tanya Streeter, na categoria feminina, e incríveis -214m do austríaco Herbert Nitsch.