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2020 parece ser o ano na renovação de comando em entidades ligadas aos paddle sports. Após a troca da diretoria da CBVA’A, Jefferson Sestaro está deixando a supervisão da Canoagem Oceânica na Confederação Brasileira de Canoagem – CBCa .
Quando iniciou na supervisão da modalidade, Sestaro tinha objetivos claros e bem definidos para a modalidade Oceânica, visando o fortalecimento do circuito e do ranking nacional na formação de uma elite brasileira na modalidade visando eventos internacionais.
Ao longo dos quatro anos à frente da modalidade, ele reformulou o regulamento da modalidade, o Circuito Brasileiro por etapas baseado em pontos para formar o ranking nacional e o formato de provas, priorizando downwind. Consequentemente, as embarcações conhecidas como caiaques oceânicos perderam espaço para os surfskis, muito mais modernos, velozes e seguros.
Feito isso, atletas da elite foram projetados aos cenários nacional e internacional. Muitos possuem patrocinadores/apoiadores como prefeituras, academias, bancos, marcas de suplementos, entre outros e inclusive há atletas contratados pela Marinha do Brasil.
“Em 2015, seguimos com 20 atletas na delegação para disputar o mundial da modalidade, sendo a segunda maior delegação atrás apenas do país sede, o Tahiti“, diz Sestaro.
A mídia também repercutiu o crescimento da modalidade. Além de veículos especializados como Aloha Spirit Club, Peixe News e Sestaro Canoagem, canais expressivos como SporTV, Go! Outside, Kanal Esporte, Jornal A Tribuna, entre outros também divulgaram conteúdos da modalidade.
Sestaro destaca a transmissão de provas da Oceânica ao vivo pelo canal SporTV, inclusive com várias reprises exibindo as disputas ao longo da programação.
Um grande momento para a modalidade foi em 2015 com a aprovação do projeto patrocinado via BNDES, em parceria com a Va’a, que contemplou provas em locais como Praia Grande, Brasília, Angra dos Reis e Cabo Frio. Transmissão ao vivo na TV, facilidade de transporte para as embarcações, muita segurança na água, grande estrutura em terra para os atletas, entre outros pontos marcaram esse momento.
Entre os grandes desafios encontrados, Sestaro cita:
“A maior dificuldade é convencer o patrocinador do evento que não há como o público assistir as disputas no mar com mais de 100 atletas, pois eles largarão de um ponto A e chegarão em um ponto B com aproximadamente 20km ou 1h30 min de prova ou seja, o grande desafio do próximo supervisor será a inovação tecnológica para transmissão ao vivo para o público“.
Em 2017 o Brasil sediou o primeiro campeonato Sul-americano da modalidade, realizado na cidade de Ilhabela, litoral de São Paulo, e em 2019 sediou o primeiro Pan-americano, em Salvador da Bahia, com presença maciça de países da América do Sul e Central.
Sestaro recorda que “no Pan-americano recebi uma placa de reconhecimento pelo meu trabalho frente a supervisão da modalidade, fiquei muito grato, honrado e emocionado“.
Para concluir, Sestaro ressalta: “Tenho a sensação de dever cumprido. Sou muito grato por esse tempo a frente da Oceânica. Grato à minha família por me apoiar, grato aos amigos que fiz ao longo dessa jornada e grato por poder mostrar meu trabalho. Desejo o melhor para a modalidade e sei que ela crescerá muito mais daqui pra frente“.
Em breve a modalidade terá o novo supervisor anunciado pela CBCa.
Fonte: CBCa