Show de remo no encerramento do Sergipano de SUP, Va’a e Surfski
Regata do Marinheiro encerra Sergipano de SUP, Va’a e Surfski em dois dias de competição da cidade de Aracaju
Saíam as primeiras medalhas para o stand up paddle brasileiro no Mundial de SUP da ICF: Jessika Matos “Moah” conquistou a medalha de prata e Arthur Santacreu ficou com o bronze nas provas de Sprint Race disputadas no sábado em Qingdao, China (madrugada de sexta para sábado no Brasil).
Realizadas dentro de um formato de chaves, onde os seis primeiros colocados iam avançando até uma grande final, as provas de Sprint foram realizadas dentro de uma raia de 200 metros no mesmo canal onde rolaram as provas de Long Distance do dia anterior.
Não havia uma demarcação das raias, como acontece nas provas do Brasileiro de SUP, por exemplo, o que poderia ter resultado em uma trombada entre competidores, pois, principalmente na primeira fase, havia remadores de alto rendimento lado a lado com atletas inexperientes, vindos diretamente do programa de treinamento oferecido pela ICF na semana que antecedeu o Mundial.
Felizmente, nada grave aconteceu e as provas transcorreram sem maiores problemas. Foram realizadas disputas nas categorias Open, Master e Junior, além da categoria Inflável. O Brasil contou com o reforço de Lena Guimarães, na Open, e Américo Pinheiro, na Master, somando forças a Tuca e Moah.
As provas foram bem disputadas, como já de se esperar nesse formato, até as provas finais. O primeiro brasileiro a disputar a finalíssima foi Américo Pinheiro, batendo na trave com a quarta colocação na Master +40. O ouro ficou com o espanhol Ivan Pena, a prata com Eran Kanias, de Israel, e o bronze com o chinês Hai Sun.
Em seguida, rolaram as finais Master +50 e Junior, porém, sem a participação de brasileiros, que riam voltar à ação com a finalíssima da Open Feminino, que traria a primeira medalha para o Brasil no Mundial.
Jessika Moah e Lena Guimarães Ribeiro estavam no páreo e ambas com chances reais de medalhas.
Na largada, após um Sprint impressionante da sul-africana Terry King, as demais competidoras chegaram junto e emparelharam na linha de frente. Porém, Olívia Piana (FRA) e Jessika Moah foram aos pontos assumindo a liderança. Jessika então assumiu a ponta, até ser ultrapassada nos metros finais por Olivia Piana.
Ao fim da disputa, Moah ficou com a prata, nossa primeira medalha, e Terry King com o bronze. Remando sem forçar muito, possivelmente por estar se poupando para prova de Race Técnico, Lena Guimarães cruzou a linha de chegada na oitava colocação.
“Fiz duas baterias muito fortes. A primeira foi praticamente uma final, pois a maioria das melhores estava lá. Felizmente não tive muita dificuldade pra vencer. Mas na bateria final sabia que elas iriam vir com tudo! Não fiz uma largada muito boa e tive que recuperar nos primeiros metros, quando consegui assumir a ponta junto com a Olivia Piana. Virou um grande duelo, ela remou muito forte, cheguei a me ver na frente, tive uma falha em uma remada que não saiu completa com a pressão que deveria e me custou os cinco milésimos do primeiro lugar. Mas tô imensamente feliz, sendo uma iniciante em provas com tamanho nível internacional, brigar com as melhores do mundo e agora estar no pódio e ser a vice campeã é sensacional e muita alegria! Todo esforço sendo recompensado!”, declarou Moah em conversa por telefone com nossa redação.
Após as emoções das disputas do Open Feminino, chegava a hora da disputa entre a elite mundial masculina do Sprint Race entrar em ação nas águas de Qingdao com o brasileiro Tuca Santacreu entre os favoritos ao ouro.
A largada foi bastante parelha entre os homens, porém, passada a explosão inicial, o russo Andrey Kraitor, atleta oriundo da canoagem, despontou na liderança com um Sprint impressionante.
Aos poucos, porém, Connor Baxter (HAV) e Claudio Nika (ITA) foram assumindo a ponta, enquanto Arthur Santacreu, que não fez uma largada muito boa, passou a disputar a medalha de bronze com o russo.
Baxter ficou com o ouro batendo o recorde mundial ao fazer os 200 m em 4.3 segundos e Nika com a prata. Já o bronze foi conquistado na raça pelo brasileiro, que chegou praticamente empatado com Kraitor. Felizmente, o foto finisher confirmou a vantagem para Tuca e o Brasil conquistou sua segunda medalha no Mundial, dessa vez, de bronze.
“Foi uma prova de alto nível, mas esperava um pouco mais de organização da ICF! Fora confusão do primeiro dia, só havia duas demarcações por raia e quinze competidores largando juntos. Isso atrapalhou um pouco a minha largada. O sistema de repescagem também não foi muito justo ao meu ver, pois os campeões dessa rodada, ao invés de disputarem as semis com a gente, iam direto pra finais. Mas, enfim, são pontos que precisam ser avaliados pela ICF nos próximos mundiais. Agora é focar para o Mundial de ISA e fazer esse tira teima entre eu, o Connor e o Nika!“, disse Tuca Santacreu em conversa com nossa redação.
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O Mundial termina nesse domingo (madrugada de sábado para domingo no Brasil) com as disputas de SUP Race Técnico. veja a programação do Mundial aqui.
As disputas têm transmissão ao vivo e podem ser acompanhadas aqui no Aloha Spirit Club a partir das 22h do horário de Brasília.
1º Olívia Piana (FRA)
2º Jessika Moah (BRA)
3º Terry King (AFS)
8º Lena Guimarães
1º Connor Baxter (HAV)
2º Andre Nika (ITA)
3º Arthur Santacreu
1º Ivan Pena (ESP)
2º Eran Kanias (ISR)
3º Hai Sun (CHI)
4º Américo Pinheiro