Após pressão popular, Marinha adia exercício militar em Alcatrazes
Na última semana, veio à público a notícia de que a Marinha do Brasil havia agendado um exercício de ... leia mais
Em 26 de junho de 2018, o SUP surfista Paul Konen entrou em uma discussão na água contra um surfista de pranchinha chamado Kevin Eslinger. Ambos surfavam em Sunset Cliffs, uma praia localizada em San Diego, Califórnia (EUA) e o motivo do bate-boca teria sido a disputa por ondas.
As versões são um pouco conflitantes, porém, segundo testemunhas, após ser rabeado por Eslinger, Paul Konen foi então tirar satisfação com o surfista de pranchinha que, na versão do SUP surfista, teria reagido de forma violenta à reclamação, o que fez com que ele acabasse por atingir com seu remo a cabeça de Konen provocando uma grave lesão (fratura). O caso foi parar na justiça e teve sua primeira sentença decretada na semana passada.
Matthew Greco, procurador do distrito de San Diego, afirmou que o corte provocado pela pancada na cabeça de Eslinger foi tão severo que o surfista não conseguiu falar durante dias após a agressão. Outros promotores descreveram a lesão sofrida por ele como “altamente incomum”.
Já a defesa de Paul Konen alegou que ele atacou o outro homem com seu remo pois acreditava que Eslinger tinha a intenção de agredi-lo.
Apesar disso, a corte de San Diego não aceitou o argumento de legítima defesa, e Paul Konen foi condenado a pagar uma multa de US$ 30 Mil e agora pode pegar até sete anos de prisão. A sentença final será realizada em 16 de maio de 2019.
VISIBILIDADE DO CASO PREOCUPA
O fato é que uma pessoa na água pode ser perigosa independente da prancha que usa. Surfistas de pranchinha que costumam entrar no mar sem leash trazem um grande risco a todos a sua volta, principalmente aos banhistas mais distraídos no inside, e a recente aparição das pranchas Foil está gerando debates acalorados sobre segurança em diversas praias do mundo.
No entanto, este incidente em San Diego, que tem ganhado grande visibilidade no noticiário dos EUA, está sendo usado como base de sustentação por determinados grupos de surfistas de pranchinha que pedem o banimento de todos SUP’s do line up por meio de leis restritivas.
Ainda é cedo para estimar que proporções isso irá tomar, porém, a lição que todos deveriam aprender é que respeito e bom senso são indispensáveis para quem se dispõe a entrar em um mar com outras pessoas.
Pra quem surfa de SUP, vale a reflexão se é realmente necessário surfar próximo de outras pessoas, ao passo que surfistas de pranchinha precisam entender que a popularização do esporte está fomentando outras formas de surfe e, consequentemente, atraindo gente nova para a água. Cada vez mais, ter bom senso e exercitar a tolerância será fundamental para que tristes episódios como esse não se repitam.
* A foto exibida nesta matéria é meramente ilustrativa.