Nas “cracas” de Itaipuaçu pelas lentes de Carlos Kopke
Letícia Parada fala sobre o trabalho de Carlos Kopke, fotógrafo do RJ e amante do bodysurf que vêm se ... leia mais
Quando surfamos de bodysurf, dependemos muito da propulsão que nossas pernas são capazes de gerar. Claro que utilizamos os braços para entrar na onda, para dar braçadas e se posicionar no line up. Mas sem dúvida a pernada é a nossa fonte geradora principal de velocidade. É a partir da pernada que vamos ser ágeis o suficiente para fluir com a onda e completar o tubo, por exemplo. Assim como dependemos muito dela para nos deslocarmos com eficiência no mar e aproveitar a session da melhor forma possível.
Entretanto, quando o praticante de surfe de peito não sabe como usar a nadadeira corretamente, isto é, não entende a biomecânica da pernada, já tem um grande problema para lidar. Afinal, de que adiantaria ter um equipamento de alta performance se não tem o domínio da técnica adequada?
Tudo bem, talvez o seu caso seja outro. Você sabe como utilizar o pé de pato de forma inteligente, aplicando a técnica de biomecânica, mas ainda assim sente que não sai do lugar ao executar a pernada. Ou então você se sente cansado em poucos minutos no mar.
Muitos em um primeiro momento se questionam se o problema estaria no equipamento, ou seja, na marca ou modelo de pé de pato que estão utilizando. Já é de conhecimento que existem nadadeiras específicas para praticar bodysurf, mas nem sempre o ponto é esse.
A pernada é um movimento complexo que envolve diversos grupamentos musculares e ao contrário do senso comum, não inicia na coxa ou na panturrilha. A pernada inicia no core, que é a região central do nosso corpo. E mesmo tendo o core muito fortalecido, há quem sinta dificuldade em usar a nadadeira.
Assim, a raiz do problema em boa parte dos casos está na falta de mobilidade no quadril. Basicamente, mobilidade é a capacidade que a articulação tem em se movimentar dentro de sua amplitude de movimento e nos mais diversos planos de movimentos. Um indivíduo que possui limitações em sua mobilidade, seja do quadril, ombro, joelho ou outra articulação, acaba perdendo qualidade nos movimentos. E pior, gera menos potência, força, sente dor, acaba gastando mais energia e perde rendimento.
Isso também se aplica à pernada, isto é, o bodysurfer acaba tendo dificuldades em realizar os movimentos, ainda mais por estar com a nadadeira que é uma carga extra para o corpo. Vale ressaltar que a pernada sem nadadeira já é um movimento que consome muita energia. Mas então como melhorar essa relação? Como ganhar mobilidade, gerar mais velocidade na pernada, mais potência e ao mesmo tempo não gastar tanta energia utilizando a nadadeira?
Exercícios dinâmicos, bem como alongamentos, atuam como peças-chave nessa questão. Portanto, se você quer ter uma pernada mais eficiente ou se você já tem uma boa pernada, mas quer melhorar a sua mobilidade por outras razões, assista ao vídeo abaixo. Selecionei exercícios que, se bem executados e com frequência, certamente trarão resultados positivos e melhora dentro d’água.
No mais, lembre-se que a nadadeira é um equipamento fundamental para ter performance e segurança, tanto no bodysurf como no handsurf. Isso porque facilita principalmente o deslocamento no mar e naturalmente contribui em diferentes momentos no mar. E para fluir com mais velocidade na parede da onda, completar um tubo e realizar manobras você precisa estar com a pernada em dia. Então treine o seu corpo fora d’água e procure evoluir em terra, assim você será capaz de transferir os ganhos para o mar!
Aloha
Letícia Parada
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Letícia Parada possui licenciatura e bacharelado em Educação Física e Esporte (CREF 129982-G/SP).