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Dois meses atrás estava explorando o Instagram até que uma foto apareceu na minha tela e chamou minha atenção.
Havia um bodysurfer dropando uma “craca” que imediatamente associei pertencer a um shorebreak. Mais tarde, descobri que aquela onda era Itaipuaçu (praia de Maricá, Estado do Rio de Janeiro), quem estava nela era o guarda-vidas Douglas Lopes e o felizardo que registrou o momento foi Carlos Kopke.
Conversando com ele, que é o responsável pelo perfil cmeusolhostirassemfoto no Instagram, descobri que frequenta Itaipuaçu desde criança e que a vontade em fotografar as alucinantes ondas do pico já existia há muito tempo.
Porém, sua entrada no mundo da fotografia começou há 1 ano e meio quando um amigo precisou vender a própria câmera para viajar. Nesse momento Carlos, que há 10 anos é personal trainer, aproveitou a oportunidade para realizar seu sonho.
Para quem cresceu colando fotos de ondas nas paredes do quarto e acompanhando o trabalho do fotógrafo Rick Werneck nas revistas de surfe, Carlos se deparou com uma GoPro Hero 3 em mãos e descobriu um hobby especial.
E o que menos esperava era atrair curtidas e comentários de ninguém menos que Clark Little, fotógrafo profissional norte-americano, que é sua maior referência de estilo de fotografia.
Isso se deve pelo seu olhar diferenciado, que busca principalmente mostrar a força das ondas que quebram em Itaipuaçu, caracterizadas por um lip pesado e um túnel oco:
“Meu interesse maior é captar as ondas quebrando sozinhas. Mas como sou amigo da maioria dos guarda-vidas daqui, aproveito para fazer os registros de bodysurf que por sinal ficam maravilhosos. E basicamente, as vacas que eles tomam melhoram ainda mais o resultado das fotos”, conta o fotógrafo.
Falando em bodysurf, Carlos disse também ser um adepto do esporte, mas no “estilo raiz”, sem pé de pato, na pele mesmo.
Em sua opinião, o bodysurf ajuda muito na preparação, na melhora do condicionamento físico, e principalmente, na parte mental já que um dia no mar é uma benção:
“Particularmente, acho incrível as fotos em shorebreak haja visto que a onda é fechadeira e o fotógrafo precisa ficar até o último segundo para registrar majestosamente o momento do tubo rodando. Claro que tem seus riscos, tanto para quem está surfando a onda como também para o fotógrafo. Carlos pontuou que “o mar de Itaipuaçu não é muito bom para você andar na onda. É o famoso dropou, tomou. E no meu caso, quando ele fica um pouco maior, a dificuldade aumenta porque é preciso nadar mais rápido para não tomar na cabeça. Porém, estando com uma mão ocupada com a câmera acabo perdendo um pouco da funcionalidade em nadar”.
Esse é um dos possíveis perrengues que quem trabalha com fotografia deve enfrentar. Mas nada que impeça Carlos Kopke e tantos outros fotógrafos de seguir nessa jornada belíssima de perpetuar momentos através de suas lentes.
Afinal, como o mundo poderia contar e reviver histórias se não houvesse a fotografia?
Aloha
Letícia Parada
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